A brasileira Fátima Boustani, 30 anos, continua internada em estado grave após ela e seus dois filhos, de 9 e 10 anos, terem sido feridos em um ataque aéreo do Exército israelense na cidade de Saddikine, no sul do Líbano, no último sábado (1/6) . O rosto da mulher ficou desfigurado e precisará passar por uma cirurgia de reconstrução facial.
A informação foi repassada por familiares ao Portal G1. Hussein Ezzddein, primo de seu marido, que está no Brasil, também informou que as duas crianças ainda estão hospitalizadas e recebendo cuidados médicos. “Estamos torcendo para que ela melhore o mais rápido possível para trazê-la aqui (para o Brasil). Graças a Deus o risco da morte dela é aos poucos, muito pouco falecendo”, informou a prima.
“Mas a Fátima vai precisar de muito trabalho, aliás, para construir o rosto, porque está destruído, não tem mais nada no rosto. Ela precisa de muitas cirurgias e de muitos especialistas que saibam trabalhar nessa área construir novamente um rosto de mulher”, lamentou a parente.
O marido de Fátima se chama Ahmad Aidibi e mora no Brasil, em Itapevi, Grande São Paulo, morando com o primo há cerca de cinco anos. Ele voltou ao país há três semanas, depois de visitar a família no Líbano. A esposa obteve a cidadania brasileira e os planos eram esperar o fim do ano letivo dos filhos antes de se mudar para o Brasil ainda este ano. Nascida no Líbano, Fátima morou alguns anos no Brasil e também tem parentes no país.
A família pede ajuda ao governo brasileiro para resgatá-los para uma área segura.
A posição do Brasil
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) condenou o bombardeio realizado por Israel. Em nota, o Itamaraty tornou pública sua “indignação” com o episódio.
“O governo brasileiro manifesta sua indignação e condena o atentado de ontem, dia 1º, em Saddikine, no sul do Líbano, que resultou em ferimentos em três cidadãos brasileiros. Todos estão recebendo tratamento no Hospital Italiano Libanês em Tiro, no Líbano. O episódio ocorreu no contexto dos ataques das forças armadas israelitas no sul do Líbano e do Hezbollah no norte de Israel. A Embaixada do Brasil em Beirute mantém contato com os familiares e a equipe médica e presta apoio consular”, informou o MRE.
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