A Coreia do Norte enviou mais um lote de balões cheios de lixo para a Coreia do Sul neste sábado, dia 8, anunciaram os militares sul-coreanos. Esta é a terceira vez, desde 28 de maio, que Pyongyang utiliza tal tática como provocação contra o país vizinho da Península Coreana, num contexto de tensões elevadas.
“A Coreia do Norte lança mais uma vez (supostos) balões transportando resíduos para o Sul”, afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul num comunicado. O documento desaconselha tocar nos balões e pede que a sua presença seja comunicada às autoridades.
As animosidades entre as duas Coreias intensificaram-se nos últimos dias desde que a Coreia do Norte lançou, em dois episódios diferentes, centenas de balões transportando lixo e estrume em direção à Coreia do Sul. Pyongyang descreveu a ação como “presentes sinceros” em resposta aos panfletos divulgados por ativistas sul-coreanos com propaganda contrária ao líder norte-coreano Kim Jong-un.
A Coreia do Sul, por sua vez, respondeu suspendendo um acordo de tensão assinado em 2018 com a Coreia do Norte para restaurar as atividades militares na linha da frente. A suspensão deve durar até que a confiança mútua seja restabelecida. A interrupção do acordo permitirá à Coreia do Sul retomar os exercícios militares perto da fronteira com a Coreia do Norte e responder imediatamente às provocações.
Pyongyang anunciou no último domingo, dia 2, que cessaria os envios, mas na quinta-feira, 6, um grupo de ativistas sul-coreanos enviou dez balões com música K-pop e 200 mil panfletos contra o líder do isolado país comunista. A Coreia do Norte alertou que responderia com cem vezes mais “resíduos de papel e lixo” se mais panfletos sul-coreanos fossem enviados novamente.
As autoridades sul-coreanas condenaram o lançamento do balão norte-coreano, descrevendo a ação como “irracional” e “de classe baixa” e ameaçaram medidas de retaliação que, segundo elas, poderiam ser “insuportáveis” para o seu vizinho.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul aconselhou o público a ter cuidado com a queda de objetos e a não tocar nos balões encontrados no solo, mas a denunciá-los às autoridades policiais ou militares. (Com agências internacionais).
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