A Nvidia se tornou a empresa mais valiosa do mundo depois que o preço de suas ações atingiu o maior nível na bolsa nesta terça-feira (18/6).
As ações da empresa americana encerraram o dia cotadas a aproximadamente US$ 136, uma alta de 3,5%, desbancando a Microsoft. A empresa já havia ultrapassado a Apple no início deste mês.
A Nvidia fabrica chips de computador usados em software de computador. inteligência artificial (IA), e a procura pelos seus produtos impulsionou as suas vendas e lucros ao longo dos últimos anos.
Muitos investidores acreditam que os seus lucros poderão crescer ainda mais, o que fez com que o preço das suas ações disparasse, embora alguns tenham questionado a elevada avaliação.
A alta no preço das ações na terça-feira significa que o mercado agora avalia a empresa em US$ 3,34 trilhões (cerca de R$ 18 trilhões) —o valor quase dobrou desde o início deste ano.
Há oito anos, as ações da Nvidia valiam menos de 1% do seu preço atual.
A competição entre os desenvolvedores de inteligência artificial é acirrada. Microsoft, Alphabet, proprietária do Google, Meta e Apple são apenas alguns dos pesos pesados do setor. tecnologia que se esforçam para criar um produto líder mundial.
Esta competição beneficia a Nvidia, que domina grande parte do mercado de chips de inteligência artificial.
Desta forma, os investidores acreditam que o valor da empresa continuará a subir. Os resultados de vendas e lucros da Nvidia superaram as expectativas de muitos analistas nos últimos anos.
Em maio, após a divulgação dos resultados financeiros mais recentes da empresa, o analista de tecnologia da empresa de gestão de investimentos Quilter Cheviot, Ben Barringer, disse que a Nvidia “mais uma vez superou um obstáculo muito grande”.
“A demanda também não dá sinais de arrefecimento”, acrescentou.
Mas uma minoria é mais cautelosa.
Em fevereiro, o analista de crédito do Barclays, Sandeep Gupta, argumentou que seria difícil manter a grande participação de mercado da Nvidia devido ao número crescente de concorrentes e questionou como os clientes da Nvidia monetizariam o software de inteligência artificial.
Taylor Swift da tecnologia?
Na esteira da ascensão da Nvidia, Jensen Huang, CEO da empresa, ganhou status de celebridade. Em qualquer evento que frequenta, sempre tem uma multidão gritando seu nome e se acotovelando por selfies e autógrafos.
“Ele está literalmente sendo tratado como um astro do rock”, diz o analista de tecnologia Bob O’Donnell. “Jensen vê isso como uma oportunidade para fazer crescer a Nvidia. Ele está obviamente aproveitando o momento.”
O interesse que Jensen Huang tem vindo a despertar não passou despercebido aos seus pares — o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, descreveu-o como “Taylor Swift da tecnologia”, em resposta a um seguidor de mídia social que não sabia quem era Huang.
Mas, apesar de sua jaqueta de couro, sua marca registrada, o engenheiro elétrico de 61 anos está longe de ser uma celebridade padrão – ele se encaixa na descrição de um geek de tecnologia.
Huang nasceu em Taiwan, mas saiu de lá quando era criança. Ele tinha nove anos quando sua família se mudou para a Costa Oeste dos EUA. Ele se formou como engenheiro elétrico pela Oregon State University e depois obteve um mestrado na mesma área pela Stanford University.
O executivo se casou com sua namorada de faculdade e parceira de laboratório, Lori Mills, também engenheira elétrica. O casal tem dois filhos.
Ele trabalhou na empresa americana de chips AMD antes de cofundar a Nvidia em 1993. A empresa era originalmente conhecida por chips que processam gráficos, especialmente para jogos de computador. Mas mudou o foco para a inteligência artificial, um campo que agora domina.
Huang tem um patrimônio líquido estimado em cerca de US$ 106 bilhões, segundo a revista Forbes, o que o torna a 14ª pessoa mais rica do mundo. O’Donnell diz que Huang provavelmente continuará aparecendo em eventos, buscando fortalecer a marca Nvidia.
“Nas conferências de tecnologia, todos querem o Jensen no palco e ele fica feliz em participar. O que ele tem feito faz com que ele apareça em todos os lugares. Ele se posicionou como um líder em inteligência artificial generativa”, afirma o analista de tecnologia.
“A questão é que a indústria não gosta de monopólios. A Nvidia tem uma enorme participação de mercado, mas concorrentes como AMD e Intel estão começando a alcançá-la.”
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