Brasileiros que estavam no voo LA-8073 do Boeing 777-300ER matrícula PT-MUG que partiu de Milão com destino a Guarulhos, em São Paulo, relataram sentimento de impotência devido ao “negligência” da Latam com os passageiros após a aeronave precisar fazer um pouso forçado. Segundo informações da mídia local e dos passageiros presentes, o avião atingiu o solo com a cauda no final da pista do Aeroporto de Malpensa (posteriormente renomeado Aeroporto Silvio Berlusconi), obrigando-o a retornar para um pouso de emergência.
O economista Yves Gauthier Tupiniquim Freitas de Abreu, 32 anos, estava de férias em Milão. Ele acompanhava a mulher que viajou para apresentar um artigo numa conferência. “Estávamos decolando para São Paulo. A decolagem foi por volta de uma hora da tarde. Quando decolamos ouvimos um barulho muito alto, um estrondo e não entendemos o que aconteceu. Cerca de 20 minutos depois da decolagem, o piloto abriu o microfone e disse que havia problemas técnicos e que teria que viajar um pouco e voltar para Milão”, disse Yves sobre o incidente.
Segundo relatos iniciais ainda não confirmados, o atraso na decolagem do avião pode ter sido causado por falta de potência nos motores, o que resultou na impossibilidade de decolagem. A mídia italiana noticiou que foram encontrados destroços na pista e imagens mostram a aeronave levantando uma grande quantidade de poeira, sugerindo que o avião decolou da pista nos momentos finais.
Segundo relato do passageiro, a aeronave circulava pela região para queimar combustível e deixar o avião mais leve antes do pouso. A pista 35R, de onde a aeronave decolou, permaneceu fechada para limpeza e inspeção de segurança. Após o pouso, o avião foi escoltado por caminhões de bombeiros até o portão.
“Quando eu estava dentro do avião não tinha ideia do que tinha acontecido, mas quando pousamos vi que poderíamos ter morrido. Mesmo após o pouso, fiquei cerca de 30 minutos tentando sair da aeronave e quando desci, vi que havia destroços da cauda do avião na pista, os engenheiros já estavam tentando resolver os danos, havia bombeiros também . A Latam diz que foi falta de potência do motor, mas a parte técnica ainda não surgiu. Poderia ter sido fatal, se ele não tivesse conseguido voltar para terra firme, teria ido parar em frente a uma floresta”, disse Gauthier.
A acadêmica brasileira Beatriz Silva Freitas de Abreu, 31, também estava na aeronave e relatou negligência da companhia aérea após o pouso. “Estou aqui, já são 7h55 e não sei que dia vou voltar para casa, porque ainda não me realocaram e também colocaram meu marido no lugar e eu não Não sei para onde vou e estamos juntos Separaram a mãe do filho, tem uma mãe aqui tentando colocar o filho com ela, separaram o casal, a família, está tudo caótico, uma pessoa para resolver. isso para todo mundo, enfim, muito ruim”, compartilhou.
“Tem uma fila maior aqui de quase 400 pessoas, tentando resolver a Latam, um desrespeito total assim, colocaram duas pessoas só para atender, todo mundo que estava no avião, realocou pessoas da mesma família para voos diferentes, todos voos indiretos, mandar gente para Zurique, mandar gente para Frankfurt e depois ir para Guarulhos. Está sendo muito difícil resolver o problema”, disse Yves.
Procurado por Correspondência, a Latam não respondeu às perguntas da reportagem. O espaço permanece aberto para manifestações de empresas.
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