A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta quinta-feira, 11, o documento Perspectivas da População Mundial 2024, que faz projeções sobre a população mundial até o final deste século. O relatório estima que muitos países já atingiram o seu pico populacional, enquanto outros continuam a crescer a diferentes níveis. Prevê-se que o planeta atinja 10,3 mil milhões de pessoas na década de 2080 e depois comece a declinar.
Esta dinâmica demográfica trará mudanças no que diz respeito aos países mais populosos. A Índia e a China continuarão à frente até 2100, mas a tendência é que a população chinesa caia para menos de metade da sua dimensão actual. Espera-se que três países em desenvolvimento, cuja taxa de fertilidade esteja a aumentar, completem o Top 5.
Apesar do crescimento, o documento da ONU prevê um crescimento populacional no planeta 6% menor do que o estimado pela organização há dez anos. Isso representa 700 milhões de pessoas a menos.
Quais serão os países mais populosos do mundo em 2100?
- 1. Índia – 1.5 bilhoes;
- dois. China – 634,45 milhões;
- 3. Paquistão – 510,5 milhões;
- 4. Nigéria – 476,64 milhões;
- 5. República do Congo – 429,23 milhões.
O relatório da ONU mostra que 63 países no mundo já atingiram o pico populacional, incluindo alguns dos mais ricos e populosos, como a China, a Alemanha, o Japão e a Rússia. A partir de agora, a estimativa é que haja uma redução populacional nessas nações nas próximas décadas, atingindo uma taxa de 14% nos próximos trinta anos.
Alguns países conseguirão mitigar o declínio populacional através da imigração ou de uma estrutura etária mais avançada – as pessoas viverão mais tempo. Por outro lado, em locais onde a taxa de fertilidade já é ultrabaixa, como é o caso da China, por exemplo, é muito provável que isto contribua para que mais pessoas abandonem o país.
Espera-se que o Brasil tenha 40 milhões de habitantes a menos até 2100
O relatório da ONU mostra que a população brasileira continuará a crescer nos próximos 20 anos. O pico populacional é estimado para 2042, quando o país deverá ter 219,28 milhões de habitantes. Depois disso, começará uma trajetória descendente. Em 2100, o Brasil deverá ter 163,3 milhões de habitantes.
Desse total projetado, os idosos representarão 1/3 da população. Nas próximas três décadas, a estimativa é que a taxa chegue a 18%. No ano passado, um estudo baseado no Censo 2022 do IBGE revelou que o percentual de pessoas com 65 anos ou mais no país já é de 10,9% da população.
O censo já havia mostrado que a população brasileira vem desacelerando seu ritmo de crescimento. A taxa média entre 2010 e 2022 foi de 0,52%, pela primeira vez abaixo de 1% ao ano. Foi o menor crescimento populacional registrado em toda a série histórica, iniciada em 1872.
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