O bilionário Elon Musk disse, nesta terça-feira (16/7), que transferirá as sedes principais da SpaceX e X para o estado do Texas em retaliação a uma lei da Califórnia, nos Estados Unidos, que dispensa professores de avisar os pais em caso de possíveis mudanças na identidade de gênero de um aluno.
“Esta é a gota d’água. Devido a esta lei e muitas outras que a precedem, que atacam famílias e empresas, a Space X mudará sua sede principal de Hawthorne, Califórnia, para Starbase, Texas”, escreveu ele no X.
Musk também afirmou que mudará a sede da rede social de São Francisco para Austin — o que já ameaçou uma vez, mas não se concretizou. No entanto, o bilionário efetivamente mudou a sede da Tesla de Palo Alto para Austin.
Esta é a gota d’água.
Por causa desta lei e de muitas outras que a precederam, atacando tanto famílias como empresas, a SpaceX irá agora mudar a sua sede de Hawthorne, Califórnia, para Starbase, Texas.
-Elon Musk (@elonmusk) 16 de julho de 2024
Segundo o magnata, há quase um ano ele deixou claro ao governador da Califórnia, Gavin Newson, que “leis desse tipo forçariam famílias e empresas a deixar o estado para proteger seus filhos”.
Elon Musk expressa publicamente o seu desdém pela comunidade trans, zombando de pronomes neutros nas redes sociais, descartando-os como parte de uma agenda “acordada” (progressista). Musk tem uma filha, chamada Vivian Jenna Wilson, que é transgênero. Os dois romperam relações e não se falam mais.
Califórnia
Anunciado como um possível substituto de Joe Biden como candidato presidencial democrata, o governador Newson tem estado envolvido em intensos debates com os conservadores sobre questões de género no estado.
A lei a que se refere Musk foi sancionada nesta segunda-feira (15/7). O texto reverte decisões de distritos escolares conservadores que ordenaram aos professores que notificassem os pais se um aluno mudasse de nome ou pedisse para usar instalações ou participar de programas não atribuídos ao seu gênero oficial.
No ano passado, Newson assinou uma série de leis que estabelecem multas para distritos escolares que censuram livros didáticos que apresentam pessoas LGBTQIAPN+ e outros grupos marginalizados.
*Com informações da Agence France-Presse
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