Com a promessa de “aprovar todos os contratos” da gestão municipal, a economista Marina Helena oficializou neste domingo, 20, sua candidatura a prefeito de São Paulo pelo Partido Novo. O coronel da Polícia Militar Reynaldo Priell Neto, ex-secretário adjunto de Segurança Pública de São Paulo, será o vice-presidente.
Ao final da convenção partidária, Novo também confirmou a filiação do deputado federal Ricardo Salles, expulso do partido em 2020. A filiação de Salles, filiado ao Partido Liberal (PL), significa que o partido atinge quórum de cinco deputados na Câmara, o que garante a presença do ex-secretário de Paulo Guedes nos debates televisivos.
Salles anuncia desde o dia 5 de julho que retornaria ao partido que o expulsou. A intenção é concorrer ao Senado em 2026. O ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro integrou o Novo entre 2018 e 2020 e foi expulso do partido em maio daquele ano, em meio à separação entre Novo e Bolsonaro.
A convenção foi realizada na manhã deste domingo, 20, no Edifício Itália, no centro de São Paulo. A reunião também formalizou as 56 candidaturas do partido à Câmara Municipal.
“São Paulo, infelizmente, gasta muito e devolve muito pouco aos seus filhos”, disse Marina Helena em discurso durante a convenção, prometendo um “pente de dentes finos” para que os recursos públicos não sejam direcionados “para as máfias que dominam a cidade”. Como exemplo de máfias, citou a gestão dos transportes municipais e o serviço de lixo.
Marina Helena, que é economista, registrou 5% de intenção de voto na última pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha. Ricardo Nunes (MDB), atual prefeito que busca a reeleição, e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) aparecem empatados tecnicamente com 24% e 23%, respectivamente.
O candidato do Novo foi diretor de Privatizações do Ministério da Economia de Paulo Guedes, durante o governo Bolsonaro. Além disso, foi CEO do Instituto Millenium e possui carreira no setor bancário.
Como mostra a Coluna do Estadão, Maria Helena aposta em financiadores milionários para impulsionar sua campanha. O economista tem pouco acesso ao fundo eleitoral e tempo limitado de televisão devido à falta de alianças partidárias
Ex-secretário de Guedes
A pré-candidatura de Marina Helena foi anunciada pelo Partido Novo em outubro de 2023. Durante o governo Jair Bolsonaro, ela foi diretora da Secretaria Especial de Desestatização do Ministério da Economia, então chefiada por Paulo Guedes.
Marina também foi diretora do think tank Instituto Millenium. Em 2022, deixou a gestão do Instituto para ser candidata a deputada federal. Ela obteve 50.073 votos, conquistando a vaga substituta.
Javier Milei Entusiasta
Nas redes sociais, o economista afirma ser um entusiasta de Javier Milei, presidente da Argentina. Em janeiro, durante o 54º Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, a pré-candidata, que estava grávida, compartilhou em seu Instagram uma foto em que colocava um fone de ouvido na barriga, para que seu bebê pudesse “ouvir” o discurso de Milei Na conferência.
“Despertar meu leãozinho”, escreveu o economista, referindo-se a um dos jargões de Miliei durante a campanha presidencial. O pré-candidato acrescentou à legenda da publicação mais um bordão do presidente argentino: “Viva a liberdade!”.
A estreia de Novo na disputa para prefeito
O Novo obteve seu registro em 2015 e participa de eleições em São Paulo desde 2016. Na primeira eleição que disputou, o partido conquistou uma cadeira na Câmara Municipal; na eleição seguinte, em 2020, elegeu dois vereadores. Porém, em 2024, o partido estreará em eleição para o Executivo da cidade.
Em 2020, Filipe Sabará iniciou a campanha, mas, a meio do processo, a sua candidatura foi suspensa pelo seu próprio partido, devido a inconsistências no seu currículo. Marina Helena era vice-presidente da chapa de Sabará, mas renunciou à candidatura dias antes de o partido suspender a campanha.
Quem é Priell Neto, vice de Marina Helena?
Priell Neto é coronel veterano da Polícia Militar e está na corporação desde 1987. É bacharel em Direito, mestre em Direito Contratual e doutor em Ciências Policiais. Na PM, anteriormente chefiou a divisão de processamento de dados e o departamento de Tecnologia da Informação. De 2015 a 2017, comandou a Assessoria da Polícia Militar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Durante o primeiro semestre, um dos nomes citados para formar a chapa de Marina Helena foi a ex-deputada estadual Janaina Paschoal, que elogiou publicamente o pré-candidato do Novo. Segundo Janaina, a aliança estava mesmo em pauta, mas não foi adiante.
“Ser vice-presidente da Marina (Helena) era uma possibilidade. Mantenho todos os elogios que fiz a ela e votarei nela no primeiro turno”, disse o ex-parlamentar ao Estadão. Em março, Janaína filiou-se ao Progressistas, que compõe o grupo político ligado ao prefeito Ricardo Nunes, e admitiu suas chances de concorrer a vereadora na capital paulista.
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