O delegado José Fernando Moraes Chuy, aliado do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi escolhido pela diretoria da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para ser corregedor-geral da entidade. Ele deverá tomar posse no dia 1º de setembro, quando termina o atual mandato do responsável.
Chuy substituirá a oficial de inteligência Lidiane Souza dos Santos, segundo informações reveladas pela Folha de S. Paulo e confirmadas pelo Correio com fontes governamentais. Ela está no cargo desde 2022, quando foi indicada pelo ex-diretor da Abin Victor Carneiro, nome considerado próximo do deputado federal Alexandre Ramagem, que chefiou o órgão durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ramagem é investigado em um inquérito que corre no Supremo e apura a existência de um esquema de espionagem ilegal montado no órgão – chamado de Abin paralela. Os alvos da espionagem eram políticos, ministros do Supremo Tribunal, advogados, jornalistas e outros críticos do governo da época.
Fernando Chuy atuou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) quando o tribunal estava sob o comando do ministro Alexandre de Moraes. Ele foi escolhido pelo magistrado para chefiar a Assessoria Especial de Combate à Desinformação, criada na gestão do ministro e que ganhou grande importância no trabalho da Justiça Eleitoral nas últimas eleições. Assim que for investido no cargo, ele será responsável por realizar investigações internas sobre irregularidades, como espionagem ilegal.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, precisa dar aval para a saída de Chuy. A atual ocupante do cargo poderá ter seu mandato renovado. No entanto, funcionários de inteligência da agência afirmam que isso não acontecerá devido aos últimos relatórios envolvendo espionagem ilegal.
O delegado Chuy também foi secretário executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, do Ministério da Justiça, no governo Temer, quando Moraes estava à frente do departamento, antes de ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.
Em nota, o Sindicato dos Profissionais de Inteligência do Estado da Abin (Intelis), afirmou que a nomeação de alguém fora do quadro do órgão para o cargo de fiscal é um sinal de “descrédito” para com os funcionários. “Consideramos preocupante, injustificada e um descrédito aos funcionários orgânicos da ABIN a eventual nomeação de um Inspetor-Geral do órgão externo ao quadro da Agência”, diz o texto.
A entidade afirma que a investigação sobre o esquema de espionagem ilegal dentro do órgão foi iniciada pela Corregedoria. “Devemos lembrar que a atual investigação sobre o uso indevido do software Primeira milha A estrutura que parasitou a ABIN foi iniciada pela própria Corregedoria, então liderada por um Oficial de Inteligência. A representação policial da quarta fase da Operação Last Mile pede a
compartilhar os dados da investigação com a Corregedoria da ABIN, em prova inequívoca de que os investigadores reconhecem a total cooperação da unidade com a Polícia Federal e a CGU”, destaca o comunicado.
Por fim, a entidade destaca que entre seus quadros possui pessoal qualificado para ocupar a função. “Temos a certeza que a instituição tem excelentes quadros para preencher a função e por isso consideramos descabidas e preocupantes as consequências de uma nomeação como esta numa instituição.
republicano”, completa o texto.
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
imagem de empréstimo
como conseguir crédito no picpay
picpay instalar
cred rápido
banco noverde
noverde whatsapp
siape consignação
bk bank telefone
apk picpay
consignado inss bancos
px significado