A deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ) afirmou em vídeo publicado no Instagram que estava sendo ameaçada. Segundo a parlamentar, o “criminoso” enviou um e-mail ordenando que ela renunciasse ao mandato e desistisse da candidatura a prefeita de Niterói (RJ).
“Não vamos recuar, vamos dobrar as forças”, declarou no vídeo, publicado na última segunda-feira (29/7). “O criminoso disse literalmente: ‘Talíria Petrone, sua macaca fedorenta, a milícia tem que colocar você no caixão’. E continua: ‘se você não renunciar ao seu mandato de deputado e à sua candidatura a prefeito de Niterói e abandonar a política, eu mato você’.”
Segundo Talíria, a mensagem trazia ainda o endereço do gabinete, detalhes da rotina e pré-campanha do deputado, “e como se não bastasse, ele cita o nome de cada um dos meus filhos”. A parlamentar avaliou o tipo de ameaça que recebeu como um “ataque a toda a democracia”.
“Estamos contactando todas as autoridades competentes, tomando todas as medidas cabíveis, mas tenho uma mensagem muito firme para dar a este criminoso e a quem se atrever a intimidar-me, a intimidar qualquer mulher na política, qualquer negro na política. Não vamos recuar, vamos duplicar as nossas forças. Eles não querem mulheres na política, vamos duplicar o nosso tamanho. Eles não querem negros na política, vamos dobrar nosso tamanho. Querem que a gente renuncie ao nosso mandato, à nossa candidatura a prefeito, vamos dobrar o tamanho da nossa candidatura”, pontuou.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu inquérito para apurar a ameaça de morte a Talíria na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funciona sob sigilo. O Psol emitiu nota informando que o caso também foi levado ao Ministério Público.
“Toda a nossa solidariedade a Talíria Petrone, que mais uma vez sofre ataques violentos e racistas por sua atuação política na Câmara e em sua candidatura a Prefeita de Niterói”, disse o partido em publicação no X (antigo Twitter).
Talíria enviou, em 2020, uma carta aos relatores de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) na qual denunciava as sucessivas ameaças que recebeu.
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