O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um vídeo falso onde o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, abraça o ditador venezuelano Nicolás Maduro. Segundo plataformas especializadas em inteligência artificial (IA), a postagem do parlamentar, feita no X (antigo Twitter), é um deepfake. A técnica é utilizada para alterar um vídeo ou foto com a ajuda da tecnologia, criando imagens adulteradas e realistas.
Ó Estadão procurou Celso Amorim e Eduardo Bolsonaro, mas não obteve resposta até o momento.
Em vídeo, compartilhado por Eduardo nesta quinta-feira, 2, Amorim abraça Maduro com música romântica ao fundo. Na legenda da publicação, o parlamentar escreveu: “E ainda tem gente, que se autodenomina jornalista, que vai perguntar a Celso Amorim se a eleição na Venezuela foi válida ou fraudada”.
No momento do abraço, a barba de Amorim se confunde com o ombro do ditador venezuelano. Além disso, a bandeira brasileira aparece distorcida, o que evidencia o uso de inteligência artificial.
Segundo o site Deepware, especializado em verificação de deepfakes, o vídeo compartilhado por Eduardo Bolsonaro tem 58% de chance de ser falso. Nos comentários da publicação, os internautas alertaram sobre o uso da inteligência artificial: “Tem IA na parte mais acalorada do abraço. Preste atenção, deputado!”, disse um usuário do X.
O termo deepfake refere-se a uma técnica que consiste na criação de conteúdo produzido com a ajuda de IA. O mecanismo mescla, combina, substitui ou sobrepõe áudios e imagens para criar arquivos falsos nos quais pessoas podem ser colocadas em qualquer situação, dizendo frases nunca ditas ou realizando ações nunca realizadas.
Celso Amorim foi enviado à Venezuela pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o objetivo de acompanhar a eleição presidencial ocorrida no último domingo, 28. O órgão eleitoral do país, controlado pelo governo chavista, anunciou a vitória de Maduro. A oposição questiona os resultados.
Lula, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros líderes sul-americanos argumentam que a Venezuela deve divulgar os registros eleitorais para conter a crise política. A publicação dos resultados, porém, ainda não foi disponibilizada pelo regime chavista.
Durante a estadia em Caracas, Maduro disse a Amorim que divulgará os documentos eleitorais. O ditador disse ao assessor especial que só não divulgou antes porque houve um “ataque hacker” durante a investigação. O venezuelano também acusou a oposição e os Estados Unidos de planejarem um golpe para tirá-lo do poder.
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