O Partido dos Trabalhadores entrou na disputa eleitoral municipal deste ano apostando em algumas capitais, mas desistiu de comandar duas cidades importantes: Rio de Janeiro e São Paulo. No Rio, o prefeito Eduardo Paes (PSD) busca a reeleição e, após meses cortando a sigla do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acabou decidindo fechar uma chapa de “sangue puro”, ou seja, dentro do partido. O principal adversário é o deputado de Bolsonaro Alexandre Ramagem (PL).
Na capital paulista, o deputado Guilherme Boulos (PSol) busca enfrentar a candidatura à reeleição de Ricardo Nunes (MDB), com a ajuda do retorno de uma figura histórica do PT: Marta Suplicy. Nunes foi oficializado no sábado, dividindo palanque com os ex-presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB).
Mesmo assim, o senador e coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral do PT, Humberto Costa (PT-PE), aposta que o partido tem chances de ampliar sua influência nos estados e continua atuando onde o partido está mais fortalecido: no Nordeste região. Para o Correspondênciaminimizou uma possível repetição da polarização Lula versus Jair Bolsonaro e disse acreditar em um desempenho positivo que mudaria o cenário eleitoral para 2026.
“Em muitos lugares o PT pode não vencer, mas pode ter um desempenho eleitoral importante e, com isso, forjar novos quadros, fortalecer nomes que possam ser fortes para a disputa de 2026 pela Câmara e pelo Senado, pelos governos estaduais. por outro lado, a eleição municipal será um espaço para discutirmos o próprio governo Lula e acho que será um momento importante para falarmos sobre o que o governo federal está fazendo”, observou Humberto.
Qual a estratégia do partido para o Nordeste, importante eleitorado do PT?
Em relação às candidaturas do Nordeste, o foco especial está nas capitais, para fazer um investimento importante nessas candidaturas. Temos candidatos em Aracaju (Candisse Carvalho, que assumiu a assessoria especial do Ministério do Desenvolvimento Social, Assistência, Família e Combate à Fome, em 2023), João Pessoa (deputado estadual Luciano Cartaxo), Fortaleza (também deputado estadual Evandro Leitão ), Natal (deputada federal Natália Bonavides) e Teresina (deputado estadual Fábio Novo). Dos oito estados, temos candidatos em cinco e apostamos em bons resultados. Para nós isso é muito importante porque é uma importante base de apoio da esquerda, do PT e do próprio presidente Lula. Queremos ganhar algumas dessas capitais.
E na Bahia, pelo senador Jaques Wagner?
Na Bahia, disputaremos importantes municípios. Na capital fizemos esse entendimento político com o MDB, mas disputaremos eleições em importantes cidades médias (o partido está na chapa do vice-governador emedebista Geraldo Júnior com Fabya Reis como vice-presidente). O PT tem candidaturas em Camaçari (Luiz Caetano), em Vitória da Conquista (deputado federal Waldenor Pereira), Feira de Santana (deputado federal Zé Neto), em vários municípios importantes onde o partido tem chances de um bom resultado.
A ausência de candidatos a prefeito de São Paulo e do Rio, por exemplo, poderia significar uma perda de influência para o PT?
Logicamente, nestes e em alguns outros locais, o motivo da composição tem a ver com questões nacionais. Com os partidos que são nossos aliados históricos, que são mais competitivos que os nossos nomes, decidimos chegar a um entendimento, em nome das relações políticas. É normal, é o preço que muitas vezes se paga para ter apoio político no Congresso Nacional. Em relação aos governadores também.
Esta disputa de 2024 poderia abrir caminho para 2026?
O processo eleitoral municipal, no caso do nosso partido, vai crescer. Não estamos traçando metas, mas vamos ter um número significativamente maior de prefeituras do que em 2020. Em muitos lugares o PT pode não vencer, mas ter um desempenho eleitoral importante e com isso forjar novos quadros, fortalecer nomes que poderá ser forte para a corrida de 2026 à Câmara e ao Senado, aos governos estaduais. Por outro lado, a eleição municipal será um espaço para discutirmos o próprio governo Lula e acho que será um momento importante para falarmos sobre o que o governo federal está fazendo, a mudança que o PT representa em termos nacionais e que também representará em termos locais.
A disputa entre Lula e Jair Bolsonaro poderá se repetir nas eleições municipais?
Em alguns lugares sim, principalmente nos grandes centros urbanos, essa polarização pode acontecer, mas acho que o que vai predominar mesmo são as questões municipais.
Dois nomes apoiados pelo ex-presidente estão em duas cidades centrais: o deputado Alexandre Ramagem, no Rio, e o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. Como estão essas capitais?
Acho que em SP vai acontecer (polarização), em Belo Horizonte (com a disputa entre o petista e deputado federal Rogério Correia e Bruno Engler, candidato do PL), em várias dessas capitais do Nordeste vai acontecer, e em outros lugares, isso não acontecerá. . Obviamente o mais importante é o partido ter um programa, um projeto, uma proposta para cada município. É claro que se o debate caminhar para a polarização nacional – e isso acontecerá em algum lugar – estaremos certamente preparados.
Em quais capitais estão as maiores chances e apostas do partido?
Estamos competindo bem em Porto Alegre, em BH, em Vitória. Além disso, apostamos nas capitais do Nordeste, as que mencionei: João Pessoa, Natal, Fortaleza, Teresina. Também vamos competir bem em Goiânia (deputada federal Adriana Accorsi), Campo Grande (deputada federal Camila Jara) e Cuiabá (deputado estadual Lúdio Cabral).
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