O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quinta-feira (8/8) que o Brasil continua buscando a mediação diplomática em relação ao impasse nas eleições venezuelanas e que “ou se apresenta prova de honestidade ou se tem que buscar uma solução “. A declaração ocorreu após reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros na Esplanada.
“O MRE se posicionou, o Brasil tem buscado, junto com outros países da América e com o apoio da União Europeia, na mediação, uma solução. Ou as provas da justiça das eleições são realmente apresentadas ou é necessário procurar uma solução para a situação na Venezuela. Então, o Brasil quer continuar, vai insistir nesse papel de mediador junto com outros países da América. Ficou muito grato pelo apoio da União Europeia no documento que endossa a posição que o Brasil tem na busca de uma solução pacífica, uma solução que permita ao povo da Venezuela retomar a paz, o desenvolvimento, o emprego, a renda, as melhorias de vida”, apontou.
Costa deu continuidade ao relato feito durante a reunião ministerial da manhã de hoje, que contou com a presença do ministro Mauro Vieira, de que “o Brasil quer ser parte da solução e não parte do problema” em relação às polêmicas eleições.
“A conduta do MRE apoiada pelo presidente é para que o Brasil, seguindo sua história e tradição diplomática, busque uma solução para um país importante que tem enorme fronteira conosco. O Brasil quer ser parte da solução e não parte do problema. E parte da solução neste momento é a carta assinada pelo Brasil que diz que as autoridades responsáveis pelas eleições apresentem a ata de votação por seção detalhada para que o mundo inteiro possa ver e/ou confirmar o resultado da eleição. E diga ‘você tem problemas’ e busque, se tiver um problema, uma solução para ele. Então, o Brasil quer fazer parte da solução, é isso que está sendo feito. Nos próximos dias, o MRE atuará para incentivar o presidente da República a buscar uma solução para isso com a Venezuela”, finalizou.
Mais cedo, na abertura da reunião no Planalto, Lula disse que o ministro iria “falar um pouco sobre a turbulência que estamos enfrentando lá para encontrar uma solução pacífica para as eleições na Venezuela”.
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