O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu “cautela” aos ministros diante da disputa por presidências no Congresso. “Temos uma Câmara que vai mudar de presidente, um Senado que vai mudar de presidente, e tudo isso tem que ter muito cuidado, para que não tenha nenhum impacto no funcionamento do governo”, falou, na reunião ministerial desta quinta-feira. , no Palácio do Planalto.
A mudança de liderança das duas Casas ocorrerá no próximo ano. No Senado, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), David Alcolumbre (União-AP), concorre incontestado. Na Câmara, porém, a disputa gira em torno de Elmar Nascimento (União-BA), Marcos Pereira (Republicanos-SP), Antonio Brito (PSD-BA) e Altineu Côrtes (PL-RJ).
Lula quer evitar transtornos com o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que busca fazer seu sucessor —o nome que o deputado apoiará ainda não foi divulgado. Além disso, com a coordenação em curso, o chefe do Executivo quer manter um clima amigável com os restantes partidos para aprovar as suas agendas prioritárias até ao final do ano. Devido às eleições municipais, até novembro, serão poucos dias de trabalho no Legislativo.
Entre as pautas estão a regulamentação da reforma tributária, o Programa Acreditar, o Marco Legal de Seguros e o projeto de biocombustíveis. Lula depende de negociações com outros partidos, principalmente o Centrão, para aprovar as matérias.
Na reunião, que durou mais de sete horas, Lula disse estar satisfeito e otimista com a equipe e descartou por enquanto uma reforma ministerial. “Como indiquei, se tiver que mudar alguém, eu mudarei. E quero te dizer, não estou pensando nisso. Num time que está ganhando, a gente não muda”, comentou.
Ele destacou que o tema deixou de aparecer na mídia. “Você vê que a imprensa não discute mais se deve mudar de ministério. Você vai mudar de ministério? um ministro, sou eu.”
Uma possível mudança nas pastas ganhou força depois que a Polícia Federal indiciou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, por se desviar das emendas eleitorais. A expectativa do governo, porém, é que a reforma só ocorra após as eleições municipais de outubro, quando o desenho das forças partidárias ficará mais claro.
Juscelino foi o único dos 38 ministros que não compareceu à reunião. Segundo seu assessor, ele está na Colômbia representando o governo na Cúpula Latino-Americana de Inteligência Artificial, agenda marcada há meses.
PEC de Segurança
Temas mais recentes também entraram no discurso de Lula. Ele comentou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança, que amplia a competência do governo federal na segurança pública e, principalmente, no combate ao crime organizado. A minuta inicial do texto foi discutida, nesta terça-feira, pelo presidente e pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, com outros titulares de pastas e governadores.
O chefe do Planalto garantiu que não quer tirar a autonomia dos estados —um medo da maioria dos governadores— e que os ouvirá antes de apresentar a proposta ao Congresso. Argumentou, no entanto, que era necessário recorrer a políticas de segurança para combater o crime organizado, que classificou como “crime multinacional”.
“Não queremos interferir nem ditar. Queremos compartilhar ações conjuntas com a definição concreta na Constituição do papel de cada um de nós. A reunião foi extraordinária, estamos muito otimistas”, enfatizou Lula, em relação ao reunião de terça-feira. “Agora vamos convidar os 27 governadores para fazermos uma apresentação para eles”. Ainda não há data para esta reunião.
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