O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta sexta-feira (8/9) do lançamento da primeira das quatro fragatas previstas no programa Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), realizado pela Marinha do Brasil em Itajaí, Santa Catarina. O Chefe do Executivo comentou a importância estratégica geopolítica e tecnológica da medida.
“O lançamento desta fragata é mais um passo do Brasil rumo à modernização tecnológica de nossas Forças Armadas e ao fortalecimento de sua base industrial de defesa. Este projeto é uma iniciativa estratégica dos mais diversos pontos de vista, da defesa à economia, da tecnologia à cooperação internacional”, afirmou na altura.
“Desde o nosso primeiro governo, buscamos ampliar a capacidade do país de escolher tecnologias que melhor atendam às demandas estratégicas, estimulem a economia e garantam as melhores oportunidades de formação aos profissionais brasileiros. estimular a formação de novas tecnologias e empregos, além de gerar inovações e estimular pesquisas”, acrescentou.
Citando as riquezas naturais do Brasil, o petista destacou que a soberania é necessária na área de defesa e que, se o país busca a paz, precisa estar preparado para a guerra.
“Com as coisas importantes que este país representa, não podemos prescindir de ter as Forças Armadas bem estruturadas e preparadas para qualquer tentativa insidiosa de nos atacar. Há um ditado que os militares conhecem bem: ‘Se você quer a paz, esteja preparado para a guerra’. ‘. Quero que esta fragata represente que queremos paz e muita paz porque a guerra não nos interessa”, ponderou.
O ministro da Defesa, José Múcio, também presente, destacou que a entrega do navio ampliará a defesa nacional, mas reforçou que o Brasil continua sendo um país pacífico.
“Possibilitar a substituição de navios com mais de 40 anos de operação, concretizar a urgente renovação da nossa frota e esta exigência de tornar a Marinha mais capacitada para defender os interesses do Brasil no mar, coincide com a confirmação do imenso volume de riquezas a serem protegidas para o povo brasileiro na nossa Amazônia Azul, e será ainda maior com a exploração de petróleo e gás no nosso novo pré-sal na margem equatorial”, destacou.
Múcio também citou a escalada das tensões globais nos conflitos.
“Observamos ocorrências de agressões e tensões no mar em diferentes regiões do mundo motivadas por ganância ou interesse geopolítico. Além disso, ao testemunharmos uma verdadeira escalada armamentista no cenário internacional, é fundamental esclarecer que o fortalecimento da nossa Marinha, como assim como forças irmãs, não altera em nada a postura tradicional do Brasil na condução de sua política externa baseada na resolução pacífica de conflitos”, concluiu.
O navio recebeu o nome de “Fragata Tamandaré”, mesmo nome que será aplicado à classe, por ser o primeiro navio. Vera Brennand, esposa do ministro da Defesa, José Mucio, foi escolhida como madrinha da embarcação.
O F200 “Tamandaré”, primeiro navio da classe, deverá ser incorporado à Marinha em 2025. As demais embarcações estão previstas para entrega gradual nos próximos quatro anos: o Jerônimo Albuquerque, em 2026; Cunha Moreira, em 2027; e Mariz e Barros, em 2028.
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