O governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, declarou nesta terça-feira (13/8) que quer manter um bom relacionamento com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar do distanciamento promovido pelo presidente argentino, Javier Milei . Ele esteve hoje no Palácio do Planalto para reunião com o petista, e é considerado o principal adversário de Milei no país vizinho.
Segundo o governador, que chefia a maior província da Argentina — semelhante a um estado brasileiro —, “seria muita tolice pensar que existe outro caminho” que não seja o aprofundamento das relações com o Brasil. Kicillof destacou ainda que Buenos Aires concentra 40% da produção argentina, e que passou a buscar os investimentos brasileiros como contraponto ao corte de recursos promovido por Milei.
“Dificilmente, pela minha posição ideológica ou política, acreditaria que tenho o direito de colocar em risco os laços que são históricos entre o povo argentino e Boaventura e o povo brasileiro”, declarou. A província não inclui a capital Buenos Aires, que tem gestão autônoma.
“Além disso, [há] empresas, indústrias, comércio, produção, energia. Seria muita tolice da minha parte pensar que existe outra forma de celebrar o bem-estar da província que não seja melhorando, aprofundando e ampliando essas relações com o povo e o país, bem como com o Brasil”, acrescentou. .
O governador, porém, desviou-se do assunto ao ser questionado se sua visita a Brasília seria um contraponto ao encontro entre Milei e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Balneário Camboriú, em fórum de extrema direita.
“Acredito que o Brasil sempre se comportou com respeito ao presidente da Argentina. Acredito que, assim como devem ser conduzidas as relações internacionais, devem ser conduzidas as relações entre os representantes, e o resto que se pode dizer são opiniões que o governo brasileiro deveria dar”, respondeu.
Investimentos brasileiros em Buenos Aires
Participaram também da reunião de hoje o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim. Antes do encontro, Kicillof se encontrou com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
O governador também deverá se reunir com o chanceler Mauro Vieira. Kicillof disse que irá ao Itamaraty em busca de um “elo direto” para discutir assuntos da província de Buenos Aires com o governo brasileiro. Ele não mencionou, porém, quais anúncios deveriam ser feitos, argumentando que é prematuro fazer anúncios neste momento.
O governador procura alternativas aos cortes de recursos feitos pelo presidente Milei, que implementou uma política económica para reduzir os gastos públicos. Segundo Kicillof, outras províncias também reclamam.
Ele ressaltou, no entanto, que o corte não impedirá as políticas do seu governo para “aumentar direitos”, como saúde e educação. “Estamos com dificuldade de receber apoio do governo federal argentino e isso foi discutido com o presidente Lula. Dissemos-lhe que sempre fomos respeitosos e respeitamos o quadro institucional. Temos fortes reclamações do governo nacional em relação aos recursos que deveriam ter sido enviados para a província, que foram estabelecidos por lei”, apontou.
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