O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, entregaram, na tarde desta quarta-feira (9/11), a medalha Oswaldo Cruz para reconhecer pessoas que contribuíram para a saúde brasileira, principalmente na vacinação. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto.
No total, 22 pessoas e 10 instituições foram agraciadas com a medalha. Entre eles, a primeira-dama Janja Lula da Silva, o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, o senador Humberto Costa (PT-PE), o deputado federal Dr Francisco (PT-PI), a empresária Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, o influenciador e ativista anticapacitista Ivan Baron, que também subiu a rampa ao lado de Lula na posse presidencial, e o biólogo e divulgador científico Átila Iamarino.
“Gostaria de agradecer a todos vocês por terem nascido, por serem como são e garantirem que nunca perdemos a fé e a esperança de que há mais gente querendo salvar do que gente querendo matar”, iniciou Lula.
O presidente lembrou então o período em que a saúde e a vacinação caíram em descrédito no governo de Jair Bolsonaro. “Sinceramente nunca pensei que viveria um momento na história do Brasil em que houvesse uma língua oficial do presidente da República, do ministro da Saúde, dos médicos com mandato de deputado, das figuras públicas, tendo a loucura de inventar tantos mente contra a vacinação. Parece-me que essas pessoas não viveram no nosso tempo. Eles nunca tiveram ideia do que a vacina significava para a humanidade. Parece que essas pessoas nunca tiveram sequer o sentido de serem um pouco humanistas, fraternas, solidárias e verdadeiramente humanas”, acrescentou.
“Lutar contra a desigualdade é também lutar para que as políticas de saúde e o acesso estejam disponíveis a todos os brasileiros com uma política firme. Em Janeiro de 2023, enfrentamos imensos desafios, desinformação e negacionismo resultantes de 4 anos de trabalho contra a ciência, o conhecimento e as vacinas. No país do Zé Gotinha, do SUS, queriam criar medo, mas felizmente, com a volta do presidente Lula à presidência da república, conseguimos tomar medidas para superar essa situação”, destacou o ministro da Saúde, Nísia Trindade.
O homenageado Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde, também destacou o combate ao movimento antivacina. “É com muita honra que recebo este prêmio. Acho que estamos aqui porque ajudamos, como tantos milhares de outras pessoas, na história recente do país e do mundo a enfrentar um momento terrível da nossa história. Essa história do movimento antivacina não é nova, Oswaldo Cruz enfrentou o movimento antivacina e nós enfrentamos isso desde 2015, 2016. O negacionismo ficou ainda mais forte com a pandemia de covid-19 e o movimento antivacina liderado pelo então presidente. Isso não é pouca coisa para enfrentar. Criamos campanhas, mobilizamos a sociedade, buscamos conscientização contra o poder estabelecido pela [presidência] da república”, lembrou.
A artista Xuxa Meneghel estava confirmada para comparecer ao evento, mas devido ao atraso de um compromisso internacional, não chegou a tempo. Ela é embaixadora do Movimento Nacional de Vacinação, promovido pelo Ministério da Saúde para aumentar a cobertura vacinal, principalmente entre as crianças.
A Medalha do Mérito Oswaldo Cruz foi criada pelo Decreto nº 66.988, de 31 de julho de 1970, e tem como objetivo reconhecer pessoas ou instituições que, no campo das atividades científicas, educacionais, culturais e administrativas relacionadas à medicina, higiene e saúde pública , têm contribuído para o bem-estar físico e mental da comunidade brasileira.
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