A Polícia Federal indiciou o deputado federal André Janones (Avante-MG) por suposto envolvimento em esquema de crack. Segundo a PF, as investigações indicam que o parlamentar se apropriou de parte dos salários dos assessores. Ele nega as acusações.
A investigação começou após a publicação de um áudio na imprensa em que Janones exige que alguns funcionários do escritório doem parte de seus salários. “Tem algumas pessoas aqui com quem ainda vou conversar em particular depois, que vão receber um salário a mais e vão me ajudar a pagar as contas quando minha campanha para prefeito perdeu R$ 675 mil. Janones na gravação.
O deputado é acusado de peculato, associação criminosa e corrupção passiva. No relatório final do caso, a PF afirma que o patrimônio pessoal de Janones apresentou aumento significativo.
“Os dados fiscais também não deixam dúvidas quanto ao esgotamento do crime de corrupção passiva. Por meio deles, a equipe investigativa se deparou com uma variação patrimonial ‘descoberta’ do parlamentar, nos anos de 2019 e 2020, respectivamente de R$ 64.414,12 e R$ R$ 86.118,06”, destaca a PF.
Os investigadores afirmam que Janones é o beneficiário do dinheiro desviado. “(O parlamentar) é o eixo central em torno do qual gira todo o mecanismo criminoso. A investigação expôs a ilegalidade de seus atos em todas as etapas, do início ao fim”, enfatizam os investigadores.
Em fevereiro, o ministro Luiz Fux, do STF, autorizou a quebra do sigilo fiscal e bancário de Janones. A autorização envolve também os atuais e ex-assessores do deputado. A quebra de sigilo ocorreu a pedido da PF e foi homologada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A investigação está em andamento no Supremo desde o ano passado. A PF destaca que “as investigações concluídas até o momento sugerem a existência de esquema de desvio de recursos públicos no gabinete do deputado”. Os assessores de Janones, porém, negam envolvimento com as rachadinhas, mas observam que há contradições nas declarações que foram tomadas.
Em junho, o atual candidato a prefeito de São Paulo, deputado Guilherme Boulos (PSol-SP), apresentou parecer ao Conselho de Ética da Câmara para o arquivamento da ação que pedia a cassação do mandato de Janones por causa da cisão. O deputado do Avante respondeu a uma representação do PL.
Segundo Boulos, o caso ocorreu antes do atual mandato do parlamentar mineiro, iniciado em 2023. Em 2022, Janones foi forte defensor da eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e fez pesados ataques ao ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais .
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