A rede social X do bilionário Elon Musk reabriu parcialmente no Brasil ontem, graças a um drible da empresa. Segundo a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), a plataforma passou a utilizar endereços IP (Internet Protocol) vinculados a servidores Cloudflare para permitir o acesso e dificultar uma nova suspensão no país. A mudança de registro teria ocorrido na noite anterior.
“O X atualizou seu aplicativo. Então, quem tem o aplicativo no celular foi atualizado da noite para o dia com a nova versão. Proxy reverso da Cloudflare para acesso às redes”, explica Basílio Rodríguez Perez, assessor da Abrint, ao Correio.
Cloudflare é um serviço de proxy reverso que funciona como intermediário entre o servidor de um site e o usuário. Nesse caso, a empresa permitiu que o X se tornasse mais resistente ao bloqueio. A suspensão total da PI não seria viável, segundo o assessor, pois derrubaria outros sites, inclusive do governo federal.
“O bloqueio ficou muito mais difícil, muito mais complexo, porque dentro desse serviço não existe só X. Tem o próprio governo, que tem sites no mesmo IP. mesmo IP. Se você bloquear esse IP, você pode bloquear metade da internet só para tirar o X do ar”, aponta Perez.
Segundo ele, a solução do caso pode levar dias. As operadoras aguardam o posicionamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para saber quais medidas deverão ser tomadas.
“A Abrint cumpre o que determina a Anatel e dentro do que é tecnicamente viável. Neste momento estamos apenas identificando o que está acontecendo e aguardando. Não há nada que possamos fazer. Temos que aguardar uma definição.”, finalizou o assessor.
X bloqueado
A OX foi bloqueada no dia 30 de agosto depois que o dono da rede, Elon Musk, descumpriu uma série de ordens judiciais e se recusou a nomear um representante legal no Brasil. A suspensão foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e posteriormente confirmada pela Primeira Turma do Tribunal. Por volta das 22h de ontem, o perfil X da plataforma informou que houve um “restabelecimento inadvertido e temporário do serviço aos usuários brasileiros” devido a uma mudança de provedor.
“Embora esperemos que a plataforma se torne inacessível novamente em breve, continuamos nossos esforços para trabalhar com o governo brasileiro para devolvê-la muito em breve ao povo do Brasil”, disse X. Musk também está sendo investigado na Justiça no inquérito sobre milícias digitais que investiga a atuação de grupos que supostamente se organizaram online para atacar o Judiciário.
No desbloqueio parcial de ontem, a rede ingressou automaticamente, sem a necessidade de VPN. Não há nova decisão do Supremo sobre a suspensão de X. A Anatel informou, em nota, que não houve alteração na decisão do Supremo e que realiza fiscalizações diárias e envia relatórios ao Supremo.
* Estagiária sob supervisão de Luana Patriolino
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