O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se ontem com os ministros da área econômica e das Relações Exteriores para discutir a possibilidade de dar um passo definitivo para a adesão à Iniciativa Cinturão e Rota (ICR), após a chegada do presidente chinês Xi Jinping, em novembro. O encontro foi a continuação de outro encontro, realizado nesta quinta-feira, e liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin —que chefia o principal órgão negociador entre os dois países, a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível para Concertação e Cooperação (Cosban).
Mas há barreiras a ultrapassar, especialmente com os norte-americanos, que travam uma espécie de “guerra fria” com os chineses — que está relacionada, por exemplo, com tensões relacionadas com Taiwan, disputas comerciais internacionais e, até, com a possibilidade de a rede social TikTok sendo banida nos Estados Unidos. Além disso, setores do Ministério das Relações Exteriores avaliam que o Brasil é capaz de atrair investimentos de Pequim sem ter que se comprometer com a Nova Rota da Seda.
Predação comercial
Na reunião de ontem, Lula foi informado dos acordos e investimentos que estão sendo acertados com a China e que serão anunciados em novembro, quando Xi Jinping virá ao Brasil para uma visita de Estado. Os chineses são um dos principais parceiros comerciais do Brasil, mas grandes setores industriais nacionais consideram predatória a sua participação na economia brasileira. A ideia do governo Lula é qualificar o fluxo de negócios – abrindo caminho para produtos brasileiros de maior valor agregado, em vez de commodities.
A adesão está sendo considerada devido às vantagens econômicas. No dia 14 de agosto, em evento na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Lula afirmou que a proposta será discutida, mas quer se aprofundar um pouco mais no que o governo chinês tem a oferecer.
“Vamos discutir a ‘Rota da Seda’, não vamos fechar os olhos, não. Vamos dizer: ‘O que isso ganha para nós?
O projeto chinês prevê investimentos em grandes obras de infraestrutura em diversas partes do planeta. Em andamento há 10 anos, o governo de Pequim investiu aproximadamente US$ 1 trilhão em dois mil acordos com 148 países. O Brasil foi consultado para aderir à iniciativa em 2018 e o convite é renovado com frequência.
Xi Jinping vem ao Brasil em novembro para participar da Cúpula de Chefes de Estado do G20, no Rio de Janeiro. Existe a possibilidade de o presidente chinês vir a Brasília para uma visita de Estado —quando também se reunirá com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso.
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
imagem de empréstimo
como conseguir crédito no picpay
picpay instalar
cred rápido
banco noverde
noverde whatsapp
siape consignação
bk bank telefone
apk picpay
consignado inss bancos
px significado