O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira (24/9), durante discurso na 79ª Assembleia Geral da ONU, que é necessária uma “ampla revisão” da Carta das Nações Unidas. Para ele, o mundo não pode esperar por uma tragédia como a Segunda Guerra Mundial para reformar a organização.
O petista argumentou que a ONU nunca esteve tão esvaziada e que não reflete a participação dos países menos desenvolvidos nos seus principais mecanismos, como o Conselho de Segurança.
“Não tenho ilusões sobre a complexidade de uma reforma como esta, que enfrentará interesses cristalizados na manutenção do status quo. Exigirá um enorme esforço de negociação. Mas essa é nossa responsabilidade. Não podemos esperar por outra tragédia global, como a Segunda Guerra Mundial, e só então construir uma nova governança global sobre os seus escombros”, argumentou Lula em seu discurso.
A ONU foi criada após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de prevenir novos conflitos e mediar as relações entre os países. O chefe do Executivo, no entanto, menciona que nunca houve uma reforma abrangente na organização, que começou com 51 países, mas atualmente abrange 193.
“Várias nações, principalmente no continente africano, estavam sob domínio colonial e não tinham voz sobre os seus objectivos e funcionamento. Não há equilíbrio de género no exercício das funções mais altas. O cargo de secretário-geral nunca foi ocupado por uma mulher” , ele criticou.
Reforma do Conselho de Segurança
Lula citou os pontos que o Brasil defendeu para serem alterados na Carta das Nações Unidas, documento que define as regras e a estrutura da ONU. Para ele, é necessário transformar o Conselho Económico e Social no principal fórum de combate às alterações climáticas, revitalizar o papel da Assembleia Geral, fortalecer a Comissão de Consolidação da Paz e reformar a composição do Conselho de Segurança.
“A exclusão da América Latina e da África dos assentos permanentes no Conselho de Segurança é um eco inaceitável das práticas de dominação do passado colonial. Promoveremos esta discussão de forma transparente em consultas no G7, G20, Brics, Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), na Caricom (Comunidade Caribenha e Mercado Comum), entre muitos outros espaços”, disse o presidente brasileiro.
Actualmente, apenas cinco países têm assentos permanentes e direitos de veto no Conselho de Segurança: os Estados Unidos, a França, o Reino Unido, a China e a Rússia.
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