O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizará, nesta terça-feira (24/9), o evento Em defesa da democracia, no combate ao extremismo, durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York. A reunião foi convocada pelo Brasil em parceria com o presidente da Espanha, Pedro Sánchez. No evento, Lula e Gabriel Boric, presidente do Chile, condenaram os ataques à democracia —de diferentes ângulos.
“É inegável que a democracia vive atualmente o seu momento mais crítico desde a Segunda Guerra Mundial. No Brasil e nos Estados Unidos, as forças totalitárias promoveram ações violentas para contestar os resultados das urnas. Na Europa, uma mistura explosiva de campanhas de racismo, xenofobia e desinformação põe em risco a diversidade e o pluralismo. Em África, os golpes de Estado demonstram que o uso da força para derrubar governos ainda reflecte os resquícios do colonialismo”, começou por dizer. Lula.
“Compreender porque é que a democracia se tornou um alvo fácil para a extrema direita e para as suas falsas narrativas é um desafio partilhado. O extremismo é um sintoma de uma crise mais profunda, com múltiplas causas. A democracia liberal demonstrou ser insuficiente e frustrou as expectativas de milhões de pessoas. “, acrescentou o presidente.
Lula critica então algumas questões da sociedade capitalista. “Um modelo que funciona para o grande capital e deixa os trabalhadores à própria sorte não é democrático. Um sistema que privilegia os homens brancos e falha com as mulheres negras é imoral. A abundância para poucos e a fome para muitos no século XXI é a antessala para o totalitarismo “, disse ele.
Boric revida
Durante a reunião, o presidente do Chile, Gabriel Boric, pediu a palavra para comentar os ataques à democracia.
“Gostaria de começar falando não dos adversários da esquerda, mas de nós mesmos. Hoje, os setores progressistas são questionados pela própria sociedade e é muito importante estabelecermos, em conjunto, o seguinte: há certas questões que representam avanços civilizacionais, em relação à qual deveríamos ter uma postura única, sem duplos padrões”, começou o presidente chileno, dando a entender que se referia à postura neutra que o Brasil e alguns outros países adotaram diante dos resultados das eleições venezuelanas.
“As forças progressistas ficam enfraquecidas quando, perante determinados conflitos, adoptam posturas vacilantes, hesitantes ou em defesa de determinados interesses políticos, em vez de seguirem os seus princípios”, afirmou Boric. Especialistas consultados por Correspondênciajá haviam dito que poderia ser solicitada ao presidente Lula uma postura mais firme em relação à Venezuela, uma vez que Maduro foi reeleito sem transparência no processo eleitoral. O Brasil segue a narrativa de que “aguarda a ata de votação” para um posicionamento, o que não tem previsão de ocorrer.
“Diante destas situações no mundo, precisamos adotar uma posição única como países progressistas. Os direitos humanos e a violação dos direitos humanos não podem ser julgados de acordo com a cor do atual ditador ou do presidente que os viola, seja Netanyahu, em Israel, Maduro, na Venezuela, Ortega, na Nicarágua, e Putin na Rússia, quer se definam como de esquerda ou de direita, como progressistas precisamos ser capazes de defender princípios e, portanto, penso que às vezes falhamos porque o fazemos. não usar a mesma medida para julgar quem está do nosso lado”, concluiu Boric.
O chileno não ficou até o final do encontro, pois tinha outro compromisso. Antes de partir, propôs a Lula que o próximo encontro de países em defesa da democracia acontecesse em Santiago, no Chile.
Notícias Falsas
O combate às notícias falsas e à regulamentação das redes sociais foi amplamente discutido pelos chefes de Estado. “As redes digitais tornaram-se terreno fértil para discursos de ódio misóginos, racistas, xenófobos que fazem vítimas todos os dias. As nossas sociedades estarão sob constante ameaça, enquanto não formos firmes na regulação das plataformas e na utilização da inteligência artificial”, argumentou Squid. .
Emmanuel Macron, Presidente da França, também defendeu a regulamentação das redes sociais, assim como o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.
Lula encerrou seu discurso acenando ao pluralismo. “A democracia na sua plenitude é a base para a promoção de sociedades pacíficas, justas e inclusivas, livres do medo e da violência. É fundamental para um mundo de paz e prosperidade. pessoas e cada país”, declarou.
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