Além da disputa acirrada pelo controle da Prefeitura de São Paulo, em que se destacam o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, Guilherme Boulos (PSol) e Pablo Marçal (PRTB), há uma campanha milionária pelo controle da Câmara Municipal da capital paulista. São 55 vagas de vereador, das quais 52 são procuradas pelos atuais vereadores. Independentemente de quem vença a eleição, a Câmara paulista deve sair das mãos do atual presidente, Milton Leite (União Brasil), que assumiu seu primeiro mandato como vereador na Câmara paulista, em 1997, na gestão de Celso Pitta
Sete prefeitos já passaram pela cidade, Milton Leite nunca se opôs. Poderoso, em seu sexto mandato como presidente da Câmara, após mudar o regimento da Câmara para permitir três reeleições sucessivas, Leite não concorreu e decidiu apoiar dois candidatos de sua base: Silvio Antônio de Azevedo, Silvão, seu chefe de gabinete , e Silvio Pereira dos Santos, vulgo Silvinho, chefe de gabinete da subprefeitura de M’Boi Mirim. O primeiro recebeu R$ 3.565.826,79 em verbas eleitorais; o segundo, R$ 3.571.246,14.
A cidade de São Paulo tem 1.003 nomes cadastrados para disputar o cargo de vereador nas eleições de 2024, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No total, 29 partidos lançaram chapas com candidatos ao maior parlamento municipal do Brasil. A maioria apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes, cuja coligação conta com 11 partidos (PP, MDB, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, Podemos, Avante, PRD, PMN e União Brasil) e tem legalmente 42,2 milhões para gastar. 5 de outubro. Porém, Guilherme Boulos é o candidato com maior volume de recursos. Apoiado por oito partidos (PSol, PT, PDT, Rede, PCdoB, PV, PCB e PMB), tem R$ 65,6 milhões no fundo eleitoral. Pablo Marçal já conta com R$ 4,5 milhões, sendo R$ 2,3 milhões provenientes de doações online e R$ 1,9 milhão de pessoas físicas.
Candidatos ricos
No União Brasil, partido de Nilton Leite, o maior volume de recursos vai para a pastora Sandra Alves (R$ 4.068.007,88). Entre os candidatos milionários do partido estão Zilu, ex-mulher de Zezé Di Camargo (R$ 1.809.619,28), vereador Rubinho Nunes (R$ 1.546.792,20), delegado R. Monteiro (R$ 1.146.887,20), personal trainer Edilene Lura (R$ 1, 61.191,36) e a influenciadora do MBL Amanda Vetorazzo (R$ 1.033.939,28).
Os partidos com mais recursos de campanha não pouparam dinheiro. A lista do PL é encabeçada pela vereadora Sonaira Fernandes, verdadeira apoiadora de Bolsonaro, com R$ 1.768.700,00 para gastar. Rute Costa tem R$ 1.550.008,67; Dra. Sandra Tadeu, R$ 1.513.500,00; Tenente Baía, R$ 1.339.000,00; Tenente Nascimento, R$ 1.227.793,13; Carla Byelynskij, R$ 1.111.400,00; Isac Félix, R$ 1.052.000,00; e Lucas Pavanato, R$ 1.041.400,00.
A Federação Brasileira da Esperança ((PT/PcdoBPV)) tem 9 candidatos milionários: Cláudio Fonseca (PcdoB), com R$ 2.486.072,03; Luna Zarattini, R$ 1.789.998,00; João Ananias, R$ 1.652.565,00; Alexandre Guedes, R$ 1.528.716,00; Senival Moura, R$ 1.224.900,00; Trípoli (PV), R$ 1.222.725,00; Ivone Silva, R$ 1.169.000,00; Dheirson, R$ 1.074.500,00; e Geraldo (Bancada da Periférica), R$ 1.002.460,00.
A banqueira Ana Carolina Oliveira (mãe de Isabella Nardoni, falecida em 2008) recebeu R$ 1.516.000,00 do Podemos. A ex-secretária de Desenvolvimento do governador Rodrigo Garcia, Marina Bragante, apoiada por Marina Silva, recebeu R$ 1.048.724,41 da Rede. Os partidos também apostam em nomes conhecidos da mídia tradicional ou das redes sociais para atrair votos com metade desses recursos ou até menos.
O influenciador Léo Aquila (MDB) recebeu R$ 503,2 mil; a jogadora Tandara, do Vôlei (PL), R$ 500 mil; o ator e rapper Sintonia Sandrão RZO (PT), R$ 451,6 mil; o humorista Marquito (Republicanos), R$ 133,1 mil; o advogado Ari Friedenbach (PSol), pai de Liana Friedenbach, falecida em 2003, R$ 103 mil; e o ator do Teste de Fidelidade Marcos Oliver (PSD), R$ 80 mil.
Para se tornar vereador, o candidato deve ter pelo menos 10% do quociente eleitoral. O indicador é o resultado da divisão do número de votos válidos para o cargo pelo número de vagas disponíveis. Em 2020, São Paulo (SP) teve um quociente eleitoral de 92.738; foram cerca de 5 milhões de votos válidos para vereador. Na época, o candidato eleito com menor número de votos foi Rinaldi Digilio (do então PSL, hoje União Brasil), com 13.673 votos —acima do quociente de 10% daquele ano.
Como se pode verificar, o sistema de financiamento público dificulta a renovação política, os recursos são controlados pela liderança do partido. A engenharia financeira é montada de forma arbitrária, com raras exceções. A solução para baratear e democratizar a campanha seria adotar o voto distrital ou distrital misto nas eleições municipais, o que não exigiria emenda constitucional nem alteraria as regras do jogo dos atuais deputados federais. Bastaria mudar a lei eleitoral. Por si só, as campanhas proporcionais para as assembleias legislativas e para a Câmara dos Deputados tornar-se-iam menos onerosas e clientelistas.
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
imagem de empréstimo
como conseguir crédito no picpay
picpay instalar
cred rápido
banco noverde
noverde whatsapp
siape consignação
bk bank telefone
apk picpay
consignado inss bancos
px significado