Em um ano em que as campanhas eleitorais municipais registram um cenário violento, com diversos incidentes em todo o país, a Polícia Federal informou que intensificará as ações no domingo, dia em que os eleitores vão às urnas em todos os estados. Em comunicado, a corporação informou que seis mil homens estão destacados para combater crimes eleitorais, incluindo urnas, compra de votos e transporte irregular de eleitores.
Além da presença de agentes, a PF utilizará drones para fiscalizar os locais de votação. O foco está nas áreas com maior criminalidade, com base nos dados da chamada mancha criminal — mapeamento feito pelas autoridades das áreas onde ocorrem mais casos de violência. Por lei, nem eleitores nem candidatos podem ser presos no dia, exceto em caso de prisão. E caso isso ocorra, o detido deverá ser imediatamente levado a um juiz, que poderá manter ou flexibilizar a prisão, a fim de evitar que o encarceramento arbitrário seja utilizado para interferir no resultado da eleição.
“Durante as eleições, a PF além de atender às solicitações da Justiça Eleitoral, também integra o Centro Nacional Integrado de Comando e Controle, coordenando ações com outros órgãos de segurança para garantir a integridade do processo. foi a participação de peritos criminais federais nos testes de validação das urnas eletrônicas, garantindo a confiabilidade do sistema de votação”, destacou a PF, em nota.
Segundo a corporação, “as maiores preocupações nas eleições de 2024 incluem o aumento da disseminação de notícias falsas e desinformação sobre o processo eleitoral, o uso indevido de inteligência artificial e deepfakes em publicidades, a violência política, especialmente a violência de género, e a participação do crime organizado no apoio a candidatos”.
Este ano, a PF desencadeou 40 operações de combate a crimes eleitorais e apreendeu mais de R$ 16,7 milhões em bens, incluindo R$ 11 milhões em dinheiro, vinculados a irregularidades durante a propaganda eleitoral. Há 2.200 investigações em andamento na corporação sobre crimes eleitorais e crimes contra o Estado Democrático de Direito.
Na quarta-feira, no Rio de Janeiro, a PF prendeu um homem que tinha R$ 1,9 milhão em dinheiro em um estacionamento em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Em João Pessoa, no bairro Tambaú, um suspeito foi detido com R$ 300 mil em dinheiro. Em ambos os casos, a suspeita é de que o dinheiro seria usado para comprar votos.
Operação no Amazonas
A PF deflagrou nesta quinta-feira uma operação para desmontar uma organização surgida após a associação entre integrantes de uma facção criminosa e policiais militares para beneficiar uma candidatura em Parintins, no Amazonas.
As investigações indicam que, com o envolvimento de lideranças comunitárias, criminosos impediram o acesso de determinados candidatos a algumas regiões da cidade. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão.
A investigação surgiu após denúncia de fato iniciada pelo Ministério Público. A polícia agiria ignorando as denúncias e não agindo para garantir o acesso dos candidatos à Prefeitura às regiões bloqueadas pelo tráfico de drogas. Com isso, seria beneficiado um único aplicativo que pudesse ir até as localidades.
“Durante as investigações, surgiram indícios de ameaças de lideranças comunitárias ligadas a uma facção criminosa nacional do tráfico de drogas, proibindo o acesso de candidatos à Prefeitura a determinados bairros, bem como proibindo a circulação em determinadas localidades”, informou a corporação.
Segundo a PF, os envolvidos na organização passaram até a monitorar policiais federais. “Além disso, foram coletadas evidências sobre a possível inércia de agentes públicos para coibir tais ameaças em favor de uma candidatura a prefeito de Parintins. A atuação coordenada do grupo criminoso teria promovido a espionagem de pessoas ligadas a um grupo político em do município e também fiscalizar a movimentação de policiais federais com o objetivo de frustrar a atuação da Polícia Federal”, enfatizou a corporação, destacando que a operação conta com o apoio da Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Amazonas “no monitoramento do execução na cara dos policiais militares envolvidos”.
Os jornais municipais também publicaram imagens mostrando a atuação de policiais e outros agentes públicos para tentar interferir na eleição.
Na quarta-feira, também no Amazonas, a PF prendeu o doutor Raione Cabral (Mobiliza), candidato a prefeito de Coari, por “fazer chover” dinheiro na população durante um comício.
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