A reeleição de Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro significa uma grande derrota para Jair Bolsonaro. Não só porque permaneceu na Câmara Municipal do Rio com 60,47% dos votos, mas também porque conseguiu não dar argumentos para o crescimento do candidato do ex-presidente, o deputado federal Alexandre Ramagem —que confirmou o teto esperado e fechou em 30,81 %. O esforço de Paes, a partir de agora, passa a ser outro: resistir às pressões para que não seja convocado para concorrer ao governo do estado, em 2025, como candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na entrevista coletiva que concedeu ontem, logo após a reeleição, Paes fez questão de destacar o amplo apoio dos partidos ao seu lado. Ele fez questão de citar nominalmente os deputados federais Otoni de Paula (MDB), Jandira Feghalli (PCdoB) e Benedita da Silva, além da deputada estadual Marta Rocha (PDT) e dos ex-deputados Marcelo Calero (PSD) e Alessandro Molon (PSB). ). Essa reunião de forças criada pelo prefeito — com a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente do PSD, Gilberto Kassab — deu a medida exata de que o pano de fundo foi a derrota de Bolsonaro em seu principal reduto político, a cidade do Rio de Janeiro. Janeiro.
Trampolim
Conquistar a prefeitura da capital fluminense dá a Paes um bom palanque para tentar buscar apoio no restante do estado, numa possível disputa pelo Palácio Guanabara contra Cláudio Castro —que não se comprometeu com a eleição de Ramagem, deixando o fardo para ser carregado apenas por Bolsonaro e seus filhos. O prefeito está em boa posição para, eventualmente, ser mais um interlocutor dos colegas da Baixada Fluminense, formada por municípios que gravitam em torno da capital.
Do lado do bolsonarismo, o momento no Rio de Janeiro é de reunir forças. A avaliação é que Ramagem, ao tentar trazer questões relacionadas à segurança para a disputa, acabou deixando o governador exposto a críticas. Além disso, o ex-presidente se esforçou muito no início da corrida eleitoral, mas na reta final apareceu menos do que deveria.
Há, no entanto, receio de que Castro tenha medo de ter o apoio do ex-presidente. Mesmo que vários candidatos que tiveram seu apoio tenham se saído bem nas urnas, para que o Palácio Guanabara não caia nas mãos de um aliado de Lula, há a percepção de que Bolsonaro terá que trabalhar muito mais — até porque, em 2026, estarão em jogo duas cadeiras no Senado e a dobradinha com o governador é importante para os planos da extrema direita de aumentar sua presença na Câmara do Congresso.
Paes se tornará o prefeito mais antigo da capital fluminense. No dia 2 de janeiro de 2025, quando tomar posse, terá passado 4.384 dias no comando do município. Se permanecer até o fim do mandato recém-conquistado, estará 5.844 dias à frente do Rio de Janeiro.
Paes repetiu, ontem, o desempenho das eleições de 2012, quando venceu também no primeiro turno —e obteve 64% dos votos válidos.
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