O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, minimizou nesta segunda-feira (7/10) o avanço de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas capitais brasileiras. O líder eleitoral do PL trouxe mais aliados do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às prefeituras e ao segundo turno das eleições municipais.
Padilha reconheceu o avanço dos partidos de centro-direita nos municípios, e avaliou que a tendência ocorre desde as últimas eleições, em 2020. Segundo ele, os partidos que compõem a base aliada do governo Lula cresceram, e a esquerda- partidos de ala, como o PT e o PSB, também avançaram em relação a 2020. O PT, por exemplo, aumentou em 40% o número de prefeituras.
“O governo do presidente Lula lidera uma frente ampla com lideranças que derrotaram o bolsonarismo. Conhecemos a força da extrema direita no país, ninguém nega essa força, ninguém nega a capilaridade nacional desta força. Agora, acreditamos que, no segundo turno, esses líderes que compõem a frente ampla do presidente Lula têm todas as condições para derrotar, inclusive esses líderes de extrema direita”, respondeu Padilha em entrevista coletiva.
O ministro minimizou as vitórias obtidas pelos aliados de Bolsonaro nas capitais. Enquanto o apoio de Lula conquistou dois candidatos no primeiro turno, Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro e João Campos (PSB) no Recife, Bolsonaro elegeu sete aliados: Arthur Henrique (MDB), Boa Vista; Tião Bocalom (PL), Rio Branco; Dr. Furlan (MDB), Macapá; Topázio Neto (PSD), Florianópolis; Arthur Henrique (MDB), Boa Vista; João Henrique Caldas (PL), Maceió e Bruno Reis (União Brasil), Salvador. Lula também levou cinco candidatos ao segundo turno, e Bolsonaro, 14.
“As lideranças que compõem essa frente ampla do governo, que apoiam o presidente Lula, derrotaram os ícones da extrema direita no ninho do bolsonarismo, na cidade do Rio de Janeiro”, respondeu Padilha. Também não reconheceu os dados apresentados pela imprensa sobre as vitórias de Lula e dos aliados de Bolsonaro nas capitais. Ele ressaltou, porém, que partidos da base aliada do governo federal ganharam mais espaço nas prefeituras. A maioria dessas legendas é de centro-direita.
Frente ampla
“Um governo que tem vários partidos que o apoiam é bom. Sua capacidade é boa. Às vezes tentam diminuir o tamanho do governo. O governo do presidente Lula constitui uma frente ampla. Os países que apoiaram o governo no primeiro turno (de 2022) ), no segundo turno e após 8 de janeiro”, disse Padilha.
“As lideranças que compõem essa frente ampla do governo, que apoiam o presidente Lula, derrotaram os ícones da extrema direita no ninho do bolsonarismo, na cidade do Rio de Janeiro”, respondeu Padilha ao ser questionado sobre o resultado das eleições municipais de ontem (6).
“Bolsonaro foi derrotado em seu condomínio, em sua casa, na cidade do Rio de Janeiro, por uma liderança que compõe essa frente ampla e que fez questão, ao anunciar sua vitória, de agradecer ao presidente Lula e reforçar a parceria. Como a vitória de João Campos contra o sanfoneiro de Bolsonaro (no Recife)”, completou.
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