O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o dia em Brasília, antes de viajar para Fortaleza e Belém, para registrar campanhas eleitorais com aliados. Um deles é o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), que está no segundo turno da disputa eleitoral para a Prefeitura de São Paulo contra Ricardo Nunes (MDB). O candidato apoiado por Lula, porém, recebeu uma má notícia: nas duas pesquisas de intenção de voto divulgadas ontem, pelo Datafolha e pelo Instituto Paraná Pesquisas, ele está muitos pontos percentuais atrás do adversário, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Mais cedo, Boulos participou daquele que seria o primeiro debate do segundo turno, na rádio CBN. Acabou sendo uma audiência, pois Nunes não compareceu. A certa altura, o candidato ficou chateado porque não lhe faziam perguntas sobre a capital paulista. A irritação surgiu após questionamento da jornalista Vera Magalhães, que perguntou a Boulos se o mau desempenho de Edmilson Rodrigues, seu apoiador e que ficou de fora do segundo turno em Belém, não era uma prova da falta de competência administrativa do PSol.
A derrota do partido de Boulos na capital paraense tornou-se motivo de ironia para Nunes. Em entrevista à TV Record, também ontem, ele destacou a ajuda de Lula ao adversário e citou o fato de Edmilson não ter recebido apoio do Palácio do Planalto.
“Vamos pegar a única capital do Brasil governada pelo PSol, que é Belém, e o prefeito nem foi para o segundo turno, com 80% de rejeição. Por que o governo federal não ajudou o candidato do PSol lá?”, ele perguntado. Nunes.
Segundo o prefeito que busca a reeleição, Boulos foi o candidato mais votado nas prisões, onde, segundo Nunes, obteve 100% dos votos. “Há um dado importante: quem foi o candidato a prefeito mais votado nas prisões? Guilherme Boulos. Teve uma prisão em que ele recebeu 100% dos votos”, acusou.
Nunes voltou a acenar aos eleitores de Pablo Marçal (PRTB), indicando que era o “melhor caminho” para a cidade. O prefeito também mandou um recado aos que votaram em Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB). “O eleitor decidiu, no segundo turno, que éramos eu e o Guilherme Boulos. Agora, conversamos com os eleitores. Os eleitores do Marçal, do Tabata e do Datena são muito bem-vindos. o que eu represento, o centro e a direita Tem um campo de eleitores do Marçal que fala de empreendedorismo e faço aqui um reconhecimento: estou fazendo muitas ações de empreendedorismo, mas falo muito pouco sobre isso debate, que preciso. dizer mais e colocar com mais clareza e aprimorar minhas ações em relação ao empreendedorismo”, destacou.
Gravações
Além de gravar um vídeo em apoio a Boulos, Lula fez registros na Granja do Torto, com candidatos a prefeito de Olinda (PE), Niterói (RJ) e Cuiabá (MT). O pernambucano Vinicius Castello (PT) é o favorito para assumir a prefeitura de Olinda, pois obteve 38,75% dos votos no primeiro turno. Superou a candidata Mirella Almeida (PSD), indicada pelo atual prefeito, professor Lupércio, que chegou a 30%.
Lúdio Cabral (PT) ficou em segundo lugar no primeiro turno das eleições, com 28,31% dos votos. Ele enfrenta o bolsonarista Abílio Brunini (PL), que obteve 39,61% dos votos válidos. Lula estaria evitando ir à capital mato-grossense pela rejeição que Lúdio poderia sofrer.
Candidato da base do governo Lula, Rodrigo Neves (PDT) é o favorito em Niterói – no primeiro turno, obteve 48,47% dos votos contra 35,59% de Carlos Jordy (PL), de Bolsonaro. (Com Agência Estado)
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