Durante participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao vivo com o candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), neste sábado (19/10), a Medida Provisória (MP) 1.267 foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). O texto prevê crédito para micro e pequenos empresários afetados pelo apagão na capital paulista.
O governo vai garantir a liberação de crédito de até R$ 1 bilhão para microempreendedores e pequenos empresários que sofreram prejuízos com a falta de energia elétrica na semana passada em São Paulo e região metropolitana.
O recurso de R$ 150 milhões do Fundo Garantidor de Operações será utilizado como garantia dos empréstimos, por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
A MP também autoriza a prorrogação e suspensão do pagamento das parcelas do Pronampe por dois meses.
O anúncio da medida foi feito ontem, durante o lançamento do programa Acreditar, em São Paulo. No entanto, não houve detalhes sobre o projeto. Durante a live desta tarde, Lula também prometeu ajuda à população, nos moldes semelhantes ao que foi feito durante as enchentes no Rio Grande do Sul.
“Foram 850 mil pessoas com danos e falta de energia por mais de 24 horas, isso danificou coisas em casa e os pobres não podem comprar outras. , televisão, temos que ajudá-los a poder comprá-los”, defendeu Lula.
O presidente acrescentou ainda que “primeiro estão os pequenos empresários” e “depois as 850 mil pessoas sem energia há mais de 24 horas”.
Críticas a Nunes
A live entre o petista e o candidato do Psol começou comentando os episódios de chuvas em São Paulo e o cenário local. Boulos lembrou que seu adversário, Ricardo Nunes (MDB), que é o atual prefeito, não admitiu a falta de poda de árvores, que é função do executivo municipal e foi um dos principais motivos para tantos locais ficarem sem poder.
Lula, por sua vez, reforçou o papel de Nunes no ocorrido e estendeu a responsabilidade à empresa que cuida do abastecimento da cidade, a Enel, e à empresa responsável a nível federal, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“O RS foi referência na ação do governo no atendimento às pessoas vítimas de graves problemas naturais. Aqui não era natureza, chovia muito, mas se as árvores tivessem sido derrubadas, as empresas teriam feito o seu trabalho, fiscalizado, não teria sido assim. Todas essas pessoas. [das autarquias públicas] foram nomeados pelo último governo, é importante saber. Agora vou começar a mudar e colocar gente comprometida com o povo”, lembrou Lula.
O presidente deixou claro que cuidar das pessoas é a sua primeira preocupação e, depois, pretende “fazer brigas políticas com quem quer que seja”, referindo-se a Nunes.
Em defesa de Boulos
Lula participa mais ativamente da campanha eleitoral de Boulos para o segundo turno – a última pesquisa Quaest, divulgada nesta quinta-feira (17/10), mostra o candidato do Psol com 33% das intenções de voto, em contraste com os 45% de Nunes. Apesar de ainda ocupar o segundo lugar, o percentual de Nunes caiu cerca de dez pontos após o apagão na capital paulista.
Dois comícios estavam marcados para hoje na Zona Leste e Sul de São Paulo, mas foram cancelados devido às chuvas persistentes na cidade. Por isso a live foi realizada.
Durante a reunião, o presidente pediu votos do PT para o candidato do Psol. “Dia 27 de outubro (data do segundo turno das eleições) é meu aniversário, dia em que Dona Linu disse que eu nasci. No dia em que peço a você quem votou em mim, dia 13, vote no dia 50 para eleger prefeito de Boulos. de SP. Posso garantir, é o melhor. Se tiver alguma dúvida, tire isso da cabeça porque conheço o Boulos, sei da luta dele, do seu comprometimento, do seu caráter”, declarou o presidente.
Boulos lembrou uma das críticas que recebeu do adversário, sobre ele não ter exercido cargo público antes de se tornar prefeito e como isso se assemelha à história de Lula, antes de vencer as primeiras eleições presidenciais.
“Vivi isso por muitos anos, décadas, [das pessoas] falar que eu não era competente porque não tinha curso superior, porque era metalúrgico, sofri todo tipo de preconceito. Mas, isso criou consciência e maturidade ao meu redor. Os políticos não aprendem nada na universidade, os políticos são políticos, aprendem a tomar decisões, de que lado estão, para quem querem governar. Você contrata o gestor”, defendeu o presidente.
“Posso dizer pela minha experiência de vida, porque sou considerado o melhor presidente deste país? Porque aprendi contigo, sei o que é a fome, o desemprego, uma casa cheia de água, viver de aluguer”, acrescentou.
Lula afirmou ainda que, assim que retornar da viagem à Rússia para a reunião do BRICS, entre a próxima segunda (21/10) e quinta (24/10), pretende fazer outra agenda com Boulos, “mesmo que seja apenas vivo”.
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