O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, segundo Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira, mantém nove pontos percentuais de vantagem sobre Guilherme Boulos (PSol) na disputa para prefeito de São Paulo. Porém, a pesquisa mostrou uma leve inflexão de 45% com 44% das intenções de voto de Nunes, enquanto Boulos subiu de 33% para 35%.
A diferença ainda é confortável para Nunes, porém, a quatro dias das eleições, essa perda de terreno gera tensão na campanha do prefeito e anima seu adversário. A volatilidade eleitoral nesta reta final costuma ser significativa em São Paulo. Boulos cresceu entre os eleitores que votaram em Tabata Amaral (PSB), de 54% para 62%, enquanto Nunes também avançou entre os eleitores de Pablo Marçal (PRTB), de 74% para 79%.
Encomendada pela TV Globo, a pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 22 de outubro e entrevistou pessoalmente 1,2 mil pessoas com mais de 16 anos na cidade. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95% (SP-06257/2024).
O que mais preocupa os estrategistas de Nunes é o desempenho de Boulos entre as mulheres, em que a vantagem do prefeito reduziu de 12 para cinco pontos percentuais, e entre os jovens, parcela do eleitorado em que Boulos reverteu a vantagem de Nunes. Também houve mudança entre eleitores com renda acima de sete salários mínimos, onde a vantagem de Nunes era de 20 pontos e caiu para sete.
A volatilidade dos eleitores destes grupos —mulheres, jovens e de alta renda— ainda é incipiente para uma reviravolta nas eleições. Porém, nas últimas 72 horas antes da votação, uma onda eleitoral ainda poderá se formar. No primeiro turno, foi essa onda que deslocou Marçal da disputa, derrubou Boulos e catapultou Nunes de volta à liderança, em 48 horas, por causa da calúnia de Marçal contra Boulos.
Realizada na segunda e terça-feira, a pesquisa não captou a repercussão do almoço de terça-feira de Ricardo Nunes com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Bolsonaro perdeu as eleições na capital paulista para Lula. Por isso, Boulos busca identificar ao máximo sua imagem com a do petista. Pelo contrário, Nunes evita um contacto mais próximo com Bolsonaro; prefere posar ao lado do governador Tarcísio.
Nunes lidera entre os homens, maiores de 35 anos, ensino fundamental e médio, renda de até três salários mínimos e eleitores de Bolsonaro em 2022. Ele está tecnicamente empatado com Boulos entre quem ganha mais de sete salários mínimos, entre mulheres, jovens com idade 16 a 34 anos, ensino superior e entre aqueles que recebem de três a sete salários mínimos. Boulos só está à frente entre os eleitores de Lula e os não-católicos/evangélicos e sem religião.
Aliás, Boulos contava com a intensa participação de Lula na reta final da campanha, mas o presidente da República está impedido de viajar por recomendação médica, devido ao acidente doméstico que sofreu no sábado — caiu de um banco enquanto cortou as unhas no banheiro e bateu a cabeça, levou cinco pontos na nuca e sofreu dois sangramentos internos. Lula só participará do comício de encerramento da campanha se for liberado a tempo pelos médicos.
Belo Horizonte
O prefeito Fuad Noman (PSD) consolidou sua passagem do primeiro para o segundo turno em Belo Horizonte, segundo a Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira, com 46% das intenções de voto, contra Bruno Engler (PL), com 40%. Porém, Engler avançou três pontos percentuais, ficando à beira do empate técnico. O resultado promete uma reta final dramática na capital mineira, onde lutam os aliados de Bolsonaro e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para quem manter o controle da Prefeitura de Belo Horizonte é fundamental, devido às eleições de 2026, quando pretende concorrer ao governo do estado. Brancos/nulos/não votarão totalizam 9%, foram 12% dos eleitores. Os indecisos permaneceram em 5%.
Força
Final dramático de campanha em Fortaleza, Lula e Bolsonaro têm confronto direto. Pesquisa Quaest divulgada esta quarta-feira mostra Evandro Leitão (PT) com 44%, e André Fernandes (PL), com 42% de intenções de voto. Os dois candidatos estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro, que é de mais ou menos três pontos percentuais. Evandro oscilou um ponto percentual (tinha 43%) e André Fernandes também, mas para baixo: tinha 42%. A disputa marca mais um embate entre os irmãos Gomes, que estão politicamente divididos. Cid apoia o petista, mas Ciro declarou neutralidade, apesar do PDT, seu partido, também apoiar o petista.
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