Por cerca de 4 horas, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio Janeiro (PCRJ), foi questionado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março2018. É acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ter ajudou no planejamento do assassinato do vereador. Rivaldo negou as acusações.
“Se tem uma coisa que Marielle era, ela estava comprometida. E, depois de falar sério, ela sorria”, disse Rivaldo com a voz embargada. “Ser acusado de ser o mentor do assassinato dela é uma loucura para mim”, declarou ele. “Marielle foi uma pessoa importante para mim”, acrescentou.
Rivaldo relembrou momentos em que Marielle teria aberto espaços para ele. “Só fui para a Maré [depois da chacina de 2013] porque Marielle me levou. Só fui a Londres dar uma palestra porque ela me pediu. Então, só tenho que agradecer a ela.”
Segundo investigação da Polícia Federal, Rivaldo também atuou para atrapalhar o andamento das investigações, além de colaborar com o planejamento do crime. “Eles fazem isso para que eu possa ficar entre o suposto mandante e Ronnie Lessa, só posso entender isso”, respondeu, referindo-se ao réu confesso do homicídio e informante da investigação.
Nas investigações, evidências apontam para uma estreita relação entre Rivaldo e os irmãos Brazão, Domingos e Chiquinho, acusados de ordenar a morte do vereador. Uma das evidências que sustentam a acusação é que o ex-chefe da PC frequentava o mesmo dentista que eles, conforme recomendação da delegada Patrícia Aguiar, segundo Rivaldo. É casada com Anselmo Paiva, ex-marido de Alice Kroff, atual esposa de Domingos Brazão.
Ele negou as acusações e disse ter foi ao dentista para tratamento, mas não compareceu ao consultório. Segundo os autos, ele teria ido ao escritório em 2015 e 2017. “Na época, eu não trabalhava mais em investigações. Eu era o diretor da Divisão de Homicídios.” Ainda segundo a investigação da PF, Rivaldo teria prometido imunidade aos seus mandantes, Domingos e Chiquinho.
Segundo as investigações, as ações de Marielle “dificultaram” a exploração ilegal de terras pela família Brazão. Em 2018, o ex-deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), estava em seu último mandato como vereador do RJ pelo MDB, e Domingos já ocupava o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, eleito em 2015 como vereador vitalício. Os dois acumularam divergências políticas com o ativista.
Domingos, Chiquinho e Rivaldo foram presos em 24 de março2024 por suspeita de envolvimento na morte de Marielle. Eles foram acusados com base no depoimento do ex-PM Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora. O ex-chefe do PC também é acusado de ter Ele utilizou a estrutura da DH para atender interesses pessoais da empresa que tinha com a esposa, Érika Araújo.
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