Reeleito prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) agradeceu ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pelo apoio durante toda a campanha e classificou o resultado nas urnas como uma vitória contra o extremismo. Obteve 59,35% dos votos, contra 40,65% do adversário, o deputado federal Guilherme Boulos (PSol).
“Agradeço ao maior dirigente, sem o qual não teríamos esta vitória. Ao meu amigo, que me deu uma mão no momento mais difícil, o governador Tarcísio de Freitas”, falou, dirigindo-se ao dirigente, no Clube Banespa, Zona Sul da capital paulista.
Após um abraço entre os dois no palco, Nunes destacou a importância da união e reforçou a intenção de trabalhar para todos, deixando as diferenças políticas de lado.
Ele disse que sua vitória mostrou a importância do equilíbrio e da rejeição de extremos políticos. “A democracia deixou uma grande lição para nós, para a cidade de São Paulo e para o Brasil. O equilíbrio superou todo extremismo”, sustentou.
O prefeito mencionou que o trabalho e as conquistas são o que mais importa para o eleitorado. “Quem não tem um acervo de conquistas, algo para mostrar concretamente, terá cada vez mais dificuldade em ter a rejeição do adversário como único argumento político”, frisou.
O cientista político e advogado Nauê Bernardo Azevedo afirmou que a vitória de Nunes seguiu uma tendência que as pesquisas mostravam, contra um adversário com grande rejeição. “No entanto, novamente as abstenções e os votos em branco e inválidos atingem percentagens elevadas, o que indica, de certa forma, insatisfação por parte de uma parte relevante do eleitorado com o cenário político que se instalou”, destacou. Na capital paulista foram 430.756 votos nulos (6,75%) e 234.317 votos em branco (3,67%). A abstenção foi recorde: 2,94 milhões de eleitores (31,54%), o maior nível para um segundo turno desde a redemocratização.
Para o presidente do Instituto Monitor da Democracia, Marcio Coimbra, a reeleição de Nunes mostra que a capital paulista está contaminada pela rejeição da esquerda, tanto que, nas pesquisas, Boulos foi o candidato a ser derrotado por qualquer um que chegou ao segundo turno. “Então, esse crescimento da direita que temos visto no país, que se intensificou nessas eleições, se intensificou nas eleições para o Congresso há dois anos e tende a ficar ainda mais forte para as eleições de 2026”, disse.
notícias criminais
Também ontem, Boulos apresentou queixa-crime ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Nunes e Tarcísio por “divulgação de fatos falsos durante a campanha”.
Horas antes, Tarcísio afirmou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) recomendou o voto em Boulos. Segundo o gerente, a Inteligência do governo paulista “interceptou conversas e instruções emanadas das prisões por uma facção criminosa que orientava determinadas pessoas em determinadas áreas a votarem em determinados candidatos”. Questionado sobre quem seriam os candidatos, Tarcísio respondeu: “Boulos”.
O deputado federal reagiu. Ele chamou as declarações do governador de “irresponsáveis e falsas”. “Imaginei que, pelo menos hoje (ontem), seria um dia mais tranquilo em relação às mentiras que nossos adversários fizeram ao longo da campanha”, afirmou.
Em seu discurso após a derrota, Boulos disse ver avanços para a esquerda. “Não vou falar das mentiras, dos ataques que definiram esta eleição e do crime eleitoral cometido pelo governador de São Paulo —a Justiça vai cuidar disso. perdemos uma eleição, mas nesta campanha recuperamos a dignidade da esquerda brasileira”, argumentou.
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