101
Representantes da extrema direita, “selados” e com passagens pelo Conselho de Ética da Câmara, acusados de quebra de decoro parlamentar, demonstraram nesta eleição que esse comportamento condenável ainda persiste na política. Todos eles do PL de Jair Bolsonaro. A vitória do deputado federal Abílio Brunini em Cuiabá (MT), onde derrotou o petista Lúdio Cabral, é a que mais se enquadra neste caso. O bolsonarista obteve 53,8% dos votos, contra 46,2% do adversário.
Brunini é deputado federal em primeiro mandato e sua atuação nesses dois anos de legislatura foi marcada pelo histrionismo, provocando seus adversários, zombando deles, zombando deles e fazendo vídeos para atingir audiência em suas redes. Ele fez uma gravação no Congresso logo após os atentados de 8 de janeiro de 2023, narrando que ali nada aconteceu. Foi contestado por pessoas que passavam. O governante eleito em Cuiabá respondeu a duas ações no Conselho de Ética, uma delas acusada de homotransfobia, mas os casos foram arquivados.
- Leia também: Direita e centro no caminho para consolidar domínio nas eleições autárquicas
Outro aliado radical de Bolsonaro, o também deputado federal André Fernandes (PL), quase foi eleito em Fortaleza (CE). Alcançou 49,6% dos votos e foi derrotado por Evandro Leitão, do PT, que obteve 50,3%. Na capital cearense também houve uma disputa acirrada entre PTismo e Bolsonarismo.
Fernandes tem passagens polêmicas pela Câmara. Ele já ofendeu uma jornalista – acusando-a, sem provas, de obter notícias por meio de relações sexuais com pessoas – e foi autor da CPI mista que investigou o dia 8 de janeiro, investigação que se voltou contra aliados do ex-presidente Bolsonaro. O parlamentar fez uma declaração ofensiva ao combate ao feminicídio: “Dane-se o feminicídio”, disse. Assim como o colega, ele também já foi alvo de duas ações perante o Conselho de Ética, que não avançou.
Em Belém (PA), o Delegado Bolsonarista “raiz” Éder Mauro (PL), outro deputado federal, conseguiu chegar ao segundo turno, derrotando o atual prefeito, Edimilson Rodrigues, do PSol, na única capital administrada por aquele partido . Ele foi derrotado ontem por Igor Normando, do MDB, por 56,4% dos votos, contra 43,6%.
- Leia também: Bolsonaro faz campanha em Goiânia para tentar enfraquecer Caiado
Na Câmara, Mauro ficou “famoso” por gerar confusões, discussões e até quase brigar, saindo de braço dado, com um ou outro colega. Em uma dessas cenas, na Comissão de Direitos Humanos, ele agrediu a deputada Taliria Petrone (PSol-RJ) e agrediu Marielle Franco, vereadora assassinada no Rio em 2018. “A Marielle Franco acabou. , gritando e batendo na mesa. Ele é outro que respondeu a dois processos no Conselho de Ética, em um deles acusado de ofender duas deputadas da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas as representações foram arquivadas.
O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) é outro ponta radical do PL que chegou ao segundo turno, em Niterói (RJ), e foi derrotado pelo pedetista Rodrigo Neves, por 57,2% a 42,8%. O parlamentar responde ao Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito sobre investigações que envolvem atos antidemocráticos. Em janeiro deste ano, sua residência e escritório foram alvo de agentes da Polícia Federal, que buscavam provas de seu envolvimento nos atos golpistas. No Conselho de Ética, Jordy respondeu a três ações, que também não foram adiante e acabaram arquivadas.
* Especial para Correio
Saiba mais
- Política Três hipóteses que explicam abstenção recorde no 2º turno em São Paulo
-
![]()
Política Fuad em discurso de vitória: “Continuarei sendo prefeito de todos” -
![]()
Política Quais partidos elegeram mais prefeitos? Confira mapas interativos
Política 
Política
imagem de empréstimo
como conseguir crédito no picpay
picpay instalar
cred rápido
banco noverde
noverde whatsapp
siape consignação
bk bank telefone
apk picpay
consignado inss bancos
px significado