Fortaleza (CE) — O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o Partido dos Trabalhadores (PT) não teve estratégia diferente dos anos anteriores em eleições municipais este ano. O partido elegeu apenas um nome nas capitais federais, em Fortaleza, terra natal do ministro, onde Evandro Leitão (PT) foi eleito. Porém, para ele, é preciso avaliar os resultados obtidos.
“Sempre digo que as eleições municipais são muito específicas do momento e de cada cidade. As pessoas estão muito preocupadas com as entregas. A população se preocupa com a sua realidade do dia a dia, independente do partido A, B ou C. Se o prefeito está entregando para essa população, eles reconhecem”, analisou o ministro durante sua participação, nesta quarta-feira (30/10), da reunião dos ministros da educação do G20. Nos próximos dias, ele estará também na Semana da Educação Global, promovida pela UNESCO. Ambos os eventos acontecem em Fortaleza.
Santana afirmou ainda que, por parte dos partidos, a experiência é semelhante, pois há união de partidos diferentes em cada cidade. Segundo ele, no caso do PT, a estratégia não foi lançar nomes em todas as capitais brasileiras e apoiar alguns aliados.
“Até onde eu sei, o presidente [do PT] Gleisi Hoffmann, a estratégia que o partido adotou nestas eleições municipais não foi muito diferente das últimas eleições municipais. Em Recife (PE), por exemplo, apoiamos João Campos (PSB), na Bahia, apoiamos um candidato do MDB (Geraldo Júnior), ele perdeu, mas foi quem apoiamos”, explicou o ministro.
Fortaleza foi a única capital brasileira a eleger o candidato do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O partido chegou ao segundo turno, disputando o pleito em quatro capitais, mas apenas no Ceará conseguiu a vitória. O resultado foi um dos mais acirrados do país, com diferença de apenas 0,76% entre Evandro Leitão e André Fernandes (PL).
“Foi uma eleição muito disputada, até porque o Evandro começou por baixo no primeiro turno, cresceu, conseguiu chegar ao segundo turno com 80 mil votos atrás do primeiro candidato. Todos os outros candidatos juntaram-se ao outro lado. Não esperávamos que os candidatos do PDT se juntassem à candidatura do outro candidato”, lamentou.
A situação da capital nordestina foi considerada um avanço para o PT, já que nas eleições municipais de 2020 o partido não ganhou nenhuma capital brasileira. Foi a primeira vez desde a redemocratização brasileira que isso ocorreu.
“Acho que cada parte precisa sentar e fazer a sua avaliação do resultado. Espero poder contribuir para uma posterior avaliação dos resultados eleitorais para termos uma avaliação mais precisa e partilhada com os colegas de partido”, avaliou o ministro.
Visita a Lula
O ministro da Educação foi convocado nesta terça-feira (29) pelo presidente Lula para ir ao Palácio do Planalto, em Brasília. Na ocasião, estiveram presentes o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e o prefeito eleito por Fortaleza, Evandro Leitão.
“O presidente Lula fez questão de receber o prefeito eleito Evandro Leitão e, pela primeira vez, o Ceará terá os Três Poderes no mesmo partido. A responsabilidade agora é muito grande. Esse foi o nosso discurso sobre a importância do alinhamento político e quem se beneficia com isso é a população. O que defendo é que o exemplo de Fortaleza possa ser usado para outros estados”, declarou Santana.
Para o ministro, é necessário estreitar os laços com os partidos de esquerda e de centro para alcançar resultados eleitorais de sucesso. “[Em Fortaleza] Abrimos um leque de diálogo, que sempre preguei aqui no estado. Fui eleito governador com uma ampla aliança de partidos de esquerda e de centro. Precisamos ampliar o diálogo com todos os setores da sociedade, porque isso faz parte da democracia”, finalizou.
Sucessão do PT
Camilo Santana consolidou-se como um nome relevante no PT, tanto pela atuação como ministro quanto pela força política demonstrada com a vitória da Câmara Municipal de Fortaleza, junto ao governo do Ceará. Questionado se tem interesse em ser candidato a Presidente da República em 2026, descartou a ideia. O partido tem tido dificuldade em formar nomes fortes para substituir Lula nas próximas eleições.
“Tenho mandato como senador, ainda são oito anos. Então, não tenho intenção de concorrer a nada em 2026. Minha motivação agora é contribuir com o Ministério da Educação, com o presidente Lula, que para mim é o maior presidente da República, que está reconstruindo a educação pública deste país”, ele concluiu.
*Jornalista viajou a convite do MEC e OEI.
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