A capital Maputo, em Moçambique, vive uma onda de protestos que culminou com a morte de pelo menos 30 pessoas. As eleições presidenciais, que decorreram em 9 de outubrolevou centenas de apoiantes do candidato do partido Podemos, Venâncio Mondlane, às ruas para protestar contra os resultados, que deram a vitória a Daniel Chapo, da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), com 70% dos votos. O resultado é questionado pela população e pela oposição do governo, que alega fraude eleitoral.
Neste sábado (11/09)O governo brasileiro emitiu uma nota através do Ministério das Relações Exteriores (MRE) afirmando que tem acompanhado “com preocupação, a escalada de violência nos confrontos entre forças de segurança e manifestantes em Moçambique, desde a divulgação dos resultados eleitorais”. O texto defendia os desafios como parte do exercício da cidadania num governo democrático e do direito à liberdade de expressão através de protestos.
Os resultados das votações foram anunciados pela Comissão Nacional de Eleições de Moçambique em 24 de outubro. Além do Podemos, outros partidos como o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) exigem a recontagem dos votos ou a convocação de novas eleições. Nas redes sociais, Venâncio Mondlane apelou à população para protestar até que “a verdade eleitoral seja restaurada”.
As mortes e quase 70 feridos ocorreram durante o confronto com as forças armadas moçambicanas, enviadas para reprimir os protestos. Segundo o portal de notícias EuroNews, o porta-voz do exército, general Omar Saranga, anunciou em conferência de imprensa no passado quintoque o exército apoia a polícia e que esta trabalhará para manter a ordem.
De acordo com o Centro de Integridade Pública da Organização Não Governamental (ONG), as eleições gerais de 9 de outubro foram os “mais fraudulentos desde 1999”. A Amnistia Internacional condenou a repressão do governo e apelou ao respeito pelo livre direito de expressão popular.
A história eleitoral de Moçambique
Moçambique é governado por Filipe Nyusi, que cumpre o segundo mandato como presidente, eleito em 2015 e reeleito em 2019, proveniente da Frelimo, que, desde a libertação em 1975, se mantém no poder, sendo a maior força política de Moçambique. Até 1994, era o único partido do país, até que através de uma assembleia popular foi aceita a criação de outros partidos.
Antes das eleições, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) trabalhou com o governo moçambicano em campanhas gerais para recensear mais eleitores e garantir que as pessoas estivessem melhor informadas sobre onde, quando e como votar, segundo informações da Organização das Nações Unidas (ONU). . “O número de eleitores registados em 2024 aumentou 4 milhões, atingindo um total de pouco mais de 17 milhões de pessoas”, refere a nota.
Segundo dados do Banco Mundial, Moçambique tem quase 33,9 milhões de habitantes, 80% dos quais têm até 35 anos. A maioria são mulheres (52%), incluindo eleitores: representam 53% dos votos. África tem a população mais jovem do mundo, com uma idade média de 19 anos, e 70% tem menos de 30 anos.
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