Um dos fugitivos do ataque de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, perpetrado por apoiantes do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, foi detido na quinta-feira na Argentina, onde se refugiava, informou a polícia.
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O brasileiro Joelton Gusmão de Oliveira, de 47 anos, foi detido na cidade de La Plata, 60 quilómetros a sul de Buenos Aires, informou a força de segurança em comunicado.
Após identificá-lo, a polícia confirmou que Oliveira foi alvo de uma ordem de “captura e detenção” para extradição a pedido da justiça brasileira.
A polícia brasileira prendeu centenas de envolvidos no ataque, incluindo supostos vândalos, financiadores e instigadores, em 8 de janeiro de 2023, uma semana após a cerimônia de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Alguns deles foram condenados por crimes como tentativa de golpe de Estado, com penas de até 17 anos de prisão.
É o caso de Oliveira, que foi condenado em Fevereiro a 17 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, danos, deterioração de bens, associação criminosa e tentativa violenta de abolição do Estado Democrático de Direito, segundo a polícia da província de Buenos Aires. Aires, à qual pertence La Plata.
No dia 10 de junho, o Brasil informou que pediu ajuda à Argentina para localizar a possível presença de mais de 140 fugitivos do ataque em seu território. Buenos Aires anunciou na época que não tinha notícias do paradeiro dos envolvidos nos atos antidemocráticos.
No mês seguinte, o presidente Javier Milei não compareceu à cimeira do Mercosul em Assunção, que foi fortemente criticada pelo Paraguai, Uruguai e Brasil, principal parceiro comercial da Argentina na região.
Lula e Milei, rivais ideológicos, trocaram insultos antes que a diplomacia voltasse ao seu curso normal após as tensões no Mercosul.
Em Outubro, o governo argentino alterou a lei sobre o estatuto de refugiado para deixar de conceder benefícios a estrangeiros que foram indiciados ou condenados nos seus países.
Milei viajará para a cúpula do G20, que acontecerá na segunda e terça-feira no Rio de Janeiro, que será a oportunidade para o encontro adiado entre os dois presidentes.
No dia 8 de janeiro de 2023, milhares de bolsonaristas invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, para exigir a intervenção das Forças Armadas contra Lula e denunciar supostas fraudes nas eleições de 2022.
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