Os ministros do governo brasileiro aproveitaram reuniões à margem da Cúpula de Chefes de Estado do G20 para assinar acordos comerciais. O titular da pasta de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou, nesta segunda-feira, um memorando de entendimento com a Argentina para facilitar a importação de gás natural do campo de Vaca Muerta, localizado em território vizinho.
A estimativa é que o Brasil compre dois milhões de metros cúbicos por dia no curto prazo, aumentando nos próximos três anos para 10 milhões, até chegar a 30 milhões em 2030. Segundo o governo brasileiro, as compras têm potencial para diminuir o preço do a entrada no país.
Em conferência de imprensa, após a assinatura do documento, Silveira afirmou que o objectivo é aumentar a oferta de gás natural e promover a reindustrialização do país.
“Ao importar gás de Vaca Muerta, estamos fortalecendo o desenvolvimento das indústrias de fertilizantes, vidreiras, cerâmicas, petroquímicas e muitas outras que trazem desenvolvimento econômico ao Brasil. Teremos mais gás e, com ele, mais empregos, renda e riqueza para os brasileiros”, afirmou o ministro.
O gás natural é utilizado como fonte de energia para geração de calor e eletricidade, além de servir como matéria-prima para a indústria. O componente emite menor nível de gases poluentes na atmosfera e apresenta alta produtividade. No entanto, é uma fonte de energia não renovável.
A importação do insumo já havia sido defendida pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin. Enfatizou que comprar gás de Vaca Muerta seria uma das apostas para baixar o preço do combustível.
O custo do gás que chegará ao Brasil, porém, dependerá da rota escolhida. O documento indica que o grupo deverá buscar utilizar a infraestrutura já existente nos dois países, permitindo a importação do gás argentino no menor tempo e com o menor custo possível. O memorando tem validade de 18 meses, podendo ser prorrogado.
Estímulos para a agricultura
O agronegócio também é alvo de importantes sinais comerciais entre Brasil e China. A expectativa é que os dois países assinem acordos de cooperação capazes de impulsionar as exportações em temas relacionados à transição energética. Entre os segmentos discutidos estão frutas; e biocombustíveis, como etanol de milho; além de gergelim, sorgo, carne moída e carne suína. Os acordos não deverão ser publicados de imediato, passando por revisões entre os dois países.
Os líderes mundiais comprometeram-se a combater o proteccionismo e a defender o sistema de regras comuns, como normalmente fazem na cimeira anual. Porém, o aumento das restrições ao comércio internacional, com políticas unilaterais adotadas pelos países do grupo, que produzem 85% da produção global, causa preocupação nas negociações.
De acordo com a Organização Mundial do Comércio (OMC), os países do G20 introduziram 91 novas medidas restritivas do comércio entre Outubro de 2023 e Outubro de 2024, um aumento de 85,7% em comparação com o relatório anterior fornecido à cimeira da OMC. Índia no ano passado.
A preocupação cresce com os planos de governo de Donald Trump a partir de janeiro. O republicano é conhecido pelo seu protecionismo, o que não é de todo ruim para o Brasil. Uma possível guerra comercial dos EUA com a China poderá aproximar ainda mais o agronegócio brasileiro dos chineses, como aconteceu no primeiro mandato de Trump, quando houve aumento nas vendas de soja, carne bovina e milho do Brasil para o país asiático.
imagem de empréstimo
como conseguir crédito no picpay
picpay instalar
cred rápido
banco noverde
noverde whatsapp
siape consignação
bk bank telefone
apk picpay
consignado inss bancos
px significado