A Polícia Federal colocou um de seus integrantes na mira da Operação Contragolpe – o agente Wladimir Soares – após identificar que ele repassou, em 2022, informações sobre a estrutura de segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro, “aderindo diretamente à tentativa de golpe”. A investigação revelou que um dos braços do grupo pretendia até assassinar o petista por meio de envenenamento ou uso de produtos químicos para causar colapso orgânico.
Segundo a investigação, Wladimir encaminhou ao capitão da reserva Sérgio Rocha Cordeiro – assessor especial de Bolsonaro – relatórios sobre a segurança do candidato eleito, incluindo a presença de policiais táticos na equipe de segurança. Além disso, colocou-se “disponível para atuar no Golpe de Estado, demonstrando adesão subjetiva à ruptura institucional”, afirmam os investigadores.
“Minha equipe e eu temos todos os equipamentos prontos para ir ajudar na defesa do Palácio e do presidente. Basta um toque de caneta!”, afirmou Wladimir em 20 de dezembro de 2022. Antes de enviar a mensagem, o agente recebeu dois mensagens que foram apagadas por Sérgio e anotadas: “Estou pronto!”
Wladimir foi um dos presos na Operação Contragolpe, aberta na manhã desta terça-feira, 19, na perseguição do agente e de quatro soldados – um general da reserva e três ‘crianças negras’ – que estariam envolvidos em um plano para assassinar Lula , Alckmin e Moraes . O grupo planejava matar o trio envenenando e usando uma bomba.
A Polícia Federal considera que Wladimir, que trabalhava no apoio à segurança do candidato presidencial eleito, deveria ter repassado os dados à coordenação de segurança de Lula, “principalmente diante dos acontecimentos ocorridos no dia anterior, com a tentativa de invasão da sede do Polícia Federal, por manifestantes que não reconheceram o resultado das eleições e apoiaram um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito”.
Contudo, Wladimir repassou os dados ao segurança pessoal de Bolsonaro, que “estava naquele momento empenhado em consumar o golpe de Estado, tentando obter o apoio das Forças Armadas”.
A corporação considera que o agente atuou em conjunto com a organização criminosa “que tentou consumar um golpe de Estado, fornecendo informações que poderiam de alguma forma subsidiar as ações que seriam desencadeadas, caso o decreto golpista fosse assinado, especialmente relacionadas ao então candidato eleito”.
Segundo a investigação, Wladimir “aproveitando as atribuições inerentes ao seu cargo no período entre o diploma e a posse do governo eleito” repassou informações aos aliados de Bolsonaro. No momento da transição, Lula estava hospedado em um hotel em Brasília
A PF localizou Wladimir Soares após encontrar, em plena Operação Venire – investigação sobre fraude na carteira de vacinação de Bolsonaro e seus aliados – indícios de que o agente “atuou como elemento auxiliar do grupo ligado à Tentativa de Golpe de Estado” .
Analisando as mensagens do capitão da reserva Sérgio Rocha Cordeiro – assessor especial de Bolsonaro – os investigadores constataram que Wladimir “inseriu-se no contexto das ações do criminoso ao fornecer informações sobre a segurança do candidato eleito Luís Inácio Lula da Silva”.
Em um dos áudios interceptados pela PF, o agente da PF discutiu com o então assessor da Presidência informações sobre um dos seguranças de Lula, que foi nomeado assessor do Gabinete Pessoal do Presidente da República.
“Fala Cordeiro. . Ele… como aconteceu aquela situação no prédio da Polícia Federal, ontem, eles chamaram a equipe do COT E uma equipe do COT, como o Lula, estaria lá no prédio, né, do Meliá, sim. A equipe COT estava disponível nas proximidades. Então, eles hospedaram essa equipe do COT aqui em Windsor. Mas, foi isso, valeu, meu irmão. Vamos, meu irmão. Chegamos, essa merda tem que mudar logo. não posso continuar assim, irmão.
Em outra mensagem, Wladimir enviou a Sérgio uma foto com a mensagem “”Coordenador da Operação Posse!; “Baba de ovo do PTista e do Alkimin”; “DPF Cleyton”. A mensagem fazia referência ao delegado que atuou como Coordenador de Execução da operação da Polícia Federal que prestou segurança à cerimônia de posse de Lula.
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