Além de citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro e de militares como participantes do plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o relatório final da Polícia Federal também cita os generais que se recusaram a aderir à tentativa de golpe. Estado e manteve uma “postura legalista”.
Um deles é o general Marco Antônio Freire Gomesentão comandante do Exército. Afirmou que inicialmente participou de reuniões no Palácio da Alvorada, após o 2º turno das eleições presidenciais, onde Jair Bolsonaro apresentou hipóteses de utilização de institutos jurídicos como Garantia da Lei e da Ordem, Estado de Defesa e Estado de Sítio.
Contudo, o militar destacou que deixou claro ao então Presidente da República que o Exército não participaria na implementação destes mecanismos que visam a reversão do processo eleitoral. Na verdade, Freire Gomes foi chamado de “merda” pelo general Braga Netto por se recusar a aceitar o plano.
Outro soldado que teria resistido à tentativa de golpe de Estado foi o tenente brigadeiro Baptista Júniorentão comandante da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo a PF, ele rejeitou qualquer apoio à tentativa de golpe, reiterando que não concordaria com atos que impedissem a posse do governo eleito.
A Polícia Federal também destacou que o general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paivaatual comandante do Exército, adotou posição institucional, opondo-se a qualquer ação ilícita das Formas Armadas.
A PF também menciona que general André Luís Novaes Mirandaque esteve à frente do Comando Militar do Leste até 19 de novembro de 2023, recomendou que os militares não participassem dos eventos do dia 7 de setembro de 2022. General Guido Amin Navesque chefiou o departamento de Ciência e Tecnologia da Força Terrestre, também se opôs.
Os militares contrários ao plano golpista foram criticados e expostos nas redes sociais. Em relatório, a PF destacou que o modus operandi da “milícia digital” foi utilizado pela organização criminosa para pressionar, atacar e expor os generais contrários ao golpe de Estado.
“Dos dezenove generais, esses cinco canalhas não aceitam a proposta do povo. Querem que Lularapio assuma”, diz publicação anexa ao documento de 884 páginas.
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“Os comandantes viraram alvos — os chamados ‘espantalhos’ — e passaram a ser objeto de divulgação de notícias falsas para destruir sua reputação, principalmente nas forças armadas”, acrescenta o relatório da PF.
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