Os deputados começaram a coletar assinaturas, nesta quarta-feira (27/11), para uma Proposta de Emenda Constitucional com medidas para limitar os gastos do setor público e promover o equilíbrio fiscal. O anúncio ocorreu horas antes do comunicado do ministro Fernando Haddad (Finanças) detalhando o novo pacote fiscal.
Deputados aproveitam discurso de Haddad para anunciar
O texto, de autoria dos deputados Kim Kataguiri (União Brasil-SP), Júlio Lopes (PP-RJ) e Pedro Paulo (PSD-RJ), é uma combinação de um conjunto de medidas já incluídas em outros textos em tramitação no Congresso. Segundo o deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), o objetivo não é se opor ao pacote de corte de gastos do governo.
“Em relação ao ministro Haddad, acreditamos no trabalho que ele está fazendo, o que acabamos de dizer é que precisávamos dar uma contribuição para que o que está sendo apresentado, sendo veiculado na mídia seja tímido ou seja menor do que precisa ser feito”, disse ele aos repórteres.
Para o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), a PEC ajudará o governo a cumprir o marco fiscal. “Estamos atacando as principais despesas que causam esse desequilíbrio fiscal que existe no Brasil sob a premissa de que todos devem dar a sua contribuição. É quase um pacto que pedimos para promover o equilíbrio. Um dos princípios que também utilizamos é: olha, temos uma regra fiscal atual que é o marco fiscal, sem essa PEC aqui, temos absoluta convicção que o marco não vai ficar parado”, disse o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ) .
Os deputados esperam que, se o texto for aprovado como está, resulte em uma economia de mais de R$ 1 trilhão de 2026 a 2031. Desse total, R$ 69,4 bilhões já seriam em 2026.
Entenda as principais medidas da PEC:
- Desindexação dos Benefícios Sociais ao salário mínimo: A Previdência Social e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) deixaram de ser indexados ao salário mínimo. Os valores de 2026 a 2031 seriam atualizados com base na inflação (IPCA). Uma lei complementar definiria a correção a partir de 2032 com possibilidade de revisão a cada 4 anos.
- Desvinculando andares: Os pisos da Saúde, da Educação e da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) deixariam de estar atrelados à receita.
- Limitação salarial no setor público: remuneração limitada a 30% do valor do abono para ministros do Supremo Tribunal Federal, que é de R$ 44 mil. A medida valeria para funcionários e colaboradores de todos os Poderes e entidades da Federação;
- Revisão dos critérios de inatividade militar: Para receber o pagamento por inatividade, o militar deve ter pelo menos 55 anos para ter direito ao benefício integral e pelo menos 35 anos de contribuições. No caso de inatividade precoce, a idade mínima seria de 45 anos, com pelo menos 15 anos de contribuição;
- Limitação de alterações orçamentárias: o valor total das alterações é limitado pelo percentual de despesas discricionárias (não obrigatórias). Implementação de um sistema de incentivos positivos.
- Estabelecimento de um programa de equilíbrio fiscal: benefícios e pisos corrigidos apenas pela inflação, revisão das despesas tributárias e revisão dos critérios de correção de benefícios, despesas e limites para cada primeiro ano do mandato presidencial.
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