O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o projeto do golpe que sugeria a declaração de Estado de Defesa ou Estado de Sítio, com a intenção de anular as eleições presidenciais de 2022, tem como base a Constituição. “Para que serve a Constituição? É a nossa lei máxima. Entendo que existe um guia para vocês seguirem. Se tem remédio aí, por que não discutir”, disse o político em entrevista publicada nesta quinta-feira (28) da jornalista Raquel Landim, da Uol.
Bolsonaro, indiciado pela Polícia Federal por suspeita de planejar golpe de Estado, afirmou que não vê problema em discutir Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Estado de Sítio ou Estado de Defesa. Previstos na Constituição Federal de 1988, esses mecanismos não apoiam a ruptura da democracia, pois se destinam a ser utilizados em casos muito específicos.
A GLO, por exemplo, deverá ser decretada pelo Presidente da República em determinadas áreas e por prazo determinado. Normalmente é aplicado quando os governos estaduais solicitam ajuda federal para segurança pública.
O Estado de Defesa é uma medida extraordinária temporária que pode ser decretada pelo Presidente da República para restabelecer ou proteger a ordem pública e a paz social, caso estejam ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou haja grandes calamidades naturais. Para decretar este mecanismo, o presidente deverá ouvir os Conselhos da República e de Defesa Nacional.
Após a declaração do Estado de Defesa, o presidente deverá submeter o ato, em até 24 horas, ao Congresso Nacional. A Casa Legislativa decidirá, por maioria absoluta, se confirma ou não.
O Estado de Sítio pode ser acionado em caso de grave comoção nacional, factos que comprovem a ineficácia das medidas tomadas durante o estado de defesa, declaração de estado de guerra e resposta a agressão armada estrangeira. Para decretá-la, o chefe do Executivo deverá solicitar autorização ao Congresso Nacional.
Bolsonaro então afirma ser vítima de perseguição e levantou a possibilidade de pedir refúgio em uma embaixada caso seja preso. “Embaixada, pelo que vejo na história do mundo, qualquer pessoa que se veja perseguida pode ir para lá. Se eu devesse alguma coisa estaria nos Estados Unidos e não teria voltado”, disse.
Ele negou ter conhecimento do plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. “Até onde eu sei, Alexandre não sai de casa com menos de seis agentes ao lado. Isso é até bravata. É conversa de quem tem verme na cabeça. Sequestrar, envenenar, matar. Matar Alckmin? É não é possível. Qual é o objetivo? ele perguntou.
O ex-presidente também admitiu que corre risco de ser preso e acusou o Supremo Tribunal Federal de fazer “arbitrariedades”. “Vivemos em um mundo de arbitrariedades. Agora não consigo dormir, preocupado que a PF esteja na minha casa amanhã de manhã. Já fiz três operações de busca e apreensão, ok? correndo risco, sem dever nada, corro risco”, diz.
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Bolsonaro disse ainda que mantém a intenção de concorrer nas eleições de 2026, mesmo estando inelegível há oito anos. “Estou indo. Sou cidadão. Sou réu sem crime. Fui condenado sem crime algum”, afirmou. Sobre quem seria o candidato a vice-presidente, ele brincou: “Talvez um nordestino, uma arara, um bode pestilento”.
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