O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a inelegibilidade do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) e da chapa liderada por Sandro Mabel (União), eleito prefeito de Goiânia, por abuso de poder político nas eleições municipais deste ano. O Ministério Público aponta que o governador utilizou a sede do governo, o Palácio das Esmeraldas, para promover eventos de apoio ao prefeito eleito, que é seu aliado, o que configura um abuso de poder político.
A decisão é uma resposta a uma ação movida por Fred Rodrigues (PL), que denuncia a prática de abusos e descumprimento da Lei Eleitoral. Ele pede que Mabel, sua vice, Cláudia da Silva Lira, e o governador sejam declarados inelegíveis, percam os registros de candidatura e/ou diplomas e tenham que pagar multa. O MPE concordou com todos os pedidos.
Rodrigues, que contava com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – com quem Caiado mantinha constantes rixas –, nas eleições goianas, foi derrotado pelo candidato de Caiado no segundo turno por 55,53% contra 44,47%.
Para apoiar a decisão, o MPE teve em conta jantares organizados por Caiado com líderes políticos logo após a primeira volta. Segundo a Procuradoria Eleitoral, o governador utilizou recursos do governo, como alimentos, bebidas e serviços de funcionários públicos, para promover o evento.
O parecer aponta ainda que os jantares foram amplamente divulgados na imprensa e nas redes sociais, o que, segundo o MPE, comprometeu a normalidade do pleito. “Independentemente do número real de eleitores diretamente afetados, não se pode ignorar o facto de os referidos acontecimentos terem sido amplamente divulgados nos meios de comunicação social e nas redes sociais, pelo que são suficientemente graves para comprometer a legitimidade e a normalidade das eleições, caracterizando-se, portanto, pela abuso de poder político”, afirma o MPE.
Caiado e Mabel negam as acusações. O governador afirma que o MPE falou sem ouvir testemunhas e afirma que todos os eventos eleitorais ocorreram fora da sede do governo. “O principal objetivo do evento em questão foi parabenizar os vereadores de Goiânia pela vitória nas eleições”, declarou.
O prefeito eleito argumenta que os jantares faziam parte da agenda do governador e não tinham relação com a eleição. “As condutas proibidas mencionadas na ação só surgiriam se houvesse utilização ou aproveitamento direto de bens ou serviços públicos em favor de campanha, o que não ocorreu”, afirmou em nota.
Foi marcada uma audiência para o dia 2 de dezembro, com o objetivo de ouvir depoimentos de testemunhas e avaliar a gravidade das ações. As testemunhas serão ouvidas em formato híbrido, com possibilidade de participação presencial ou por videoconferência.
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