Os atos golpistas do dia 8 de janeiro e o atentado a bomba próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF) foram destaque nesta quinta-feira, 28, no julgamento que definirá se as plataformas devem ser responsabilizadas pelos conteúdos publicados pelos usuários. Os ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia aproveitaram os episódios para criticar as redes sociais por permitirem a circulação de publicações antidemocráticas.
No dia da invasão da Praça dos Três Poderes, bolsonaristas radicais gravaram vídeos e transmitiram transmissões ao vivo sem intercorrências. Grande parte da articulação também aconteceu pela internet.
“O 8 de janeiro demonstrou o fracasso total do sistema de autorregulação de todas as redes, de todas as big techs”, disse Moraes. “É factualmente impossível defender, depois de 8 de janeiro, que o sistema de autorregulação funciona. Falência total e absoluta, instrumentalização e, lamentavelmente, parte de conluio”.
O ministro criticou as empresas de tecnologia por não removerem prontamente conteúdos publicados por golpistas e afirmou que agiram dessa forma por interesses econômicos.
“A Praça dos Três Poderes foi invadida, o Supremo Tribunal Federal, o Congresso e o Palácio do Planalto foram destruídos, as pessoas estavam fazendo vídeos, postando nas redes sociais, convocando mais gente para destruir, e as redes sociais não retiraram nada. tipo em cima de sistema de negócios, monetização.”
Moraes também argumentou que as redes sociais podem replicar amplamente o sistema que já foi utilizado para combater a pornografia infantil, a pedofilia e a violação de direitos autorais.
“Não se pode dizer que tecnologicamente não é possível porque em relação à pornografia infantil, pedofilia e direitos autorais, a inteligência artificial e os algoritmos removem, antes de um like, 93% das postagens. Os próximos 7% são enviados para a comissão de seres humanos. Então é tecnologicamente possível. O que não houve, e não houve, é compromisso”, disse o ministro.
O atentado bombista que culminou com a morte do serralheiro Francisco Wanderley Luiz, o Tiü França, foi lembrado pela ministra Cármen Lúcia. Ela destacou que havia postagens antecipando o ataque.
“Também teve nas redes a postagem da pessoa atacando o Supremo, dizendo que ia fazer alguma coisa. E não conseguimos nem ver ou vislumbrar nada. , pessoalmente e em toda a natureza”, destacou o ministro.
O ministro Dias Toffoli, relator de um dos casos em julgamento, também argumentou que as redes sociais precisam ter maior responsabilidade na moderação de conteúdo.
Os ministros decidirão se ampliarão a obrigação das plataformas de monitorar o conteúdo que circula nas redes – um dos maiores pontos de preocupação das big techs. O STF também precisa definir se as empresas de tecnologia podem ser punidas por publicações mesmo quando não há ordem judicial para retirá-las, o que implicaria moderação de conteúdo mais rigorosa.
A tendência é que o STF faça alterações nas atuais regras do Marco Civil da Internet, ampliando as obrigações das big techs. Para alguns ministros, a obrigação de remoção de perfis falsos sem necessidade de ordem judicial é menos controversa, embora exija um papel mais ativo das redes sociais na verificação da autenticidade das contas. A questão da remoção de conteúdos específicos com base em deliberação extrajudicial, porém, é considerada mais espinhosa.
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