Reunião para anunciar investimentos em mobilidade urbana para São Paulo, nesta sexta-feira, virou palco para integrantes do governo federal condenarem a tentativa de golpe de Estado revelada por inquérito da Polícia Federal —segundo investigador, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi o líder da trama. No evento, no Palácio do Planalto, estiveram dois importantes aliados do ex-chefe do Executivo: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes.
Ambos foram ao Planalto assinar, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um aporte de R$ 10,65 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para compra de ônibus e conclusão de obras de metrô e rodovias.
O primeiro a mencionar a tentativa de golpe foi o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ao final de seu discurso. “Não é fácil para um presidente e um vice-presidente que foram ameaçados de morte, de golpe de Estado e de tudo o que vimos recentemente, manter uma atitude de compromisso e respeito pelo voto popular com aqueles que são eleitos, um PAC que atenda a todos, prefeitos e governadores”, disse Mercadante. O vice-presidente Geraldo Alckmin também esteve presente.
Depois, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi mais enfático. Ele argumentou que o diálogo de Lula com prefeitos e governadores que não são do seu partido, o PT, mostra compromisso com a democracia e respeito pelos resultados das urnas. “Você mostra, mais uma vez, a figura de um estadista, que não se abala nem com todas as informações e notícias que vieram à tona por parte daqueles que tramaram um golpe de Estado”, frisou o ministro, dirigindo-se ao presidente.
“Eles vieram tramar uma coisa que ninguém nesta sala ou no país imaginava que pudesse acontecer no país: que alguém teria coragem de tramar a captura, o sequestro, a morte de um ministro do Supremo Tribunal Federal, de um presidente eleito da República e de um vice-presidente da República eleito”, acrescentou Costa.
Por fim, a última fala foi de Alckmin. Ele foi menos direto, mas também celebrou a democracia e disse que a ditadura militar já foi superada. “Quando eu era prefeito da minha cidade natal, no triste período da ditadura no Brasil, onde nós prefeitos éramos separados por partido político, só quem era do partido do presidente tinha reuniões com o governo federal. superado”, afirmou. Lula não falou.
Silêncio
Tarcísio é aliado de primeira viagem de Bolsonaro e principal candidato para substituí-lo nas urnas em 2026. Após o indiciamento do ex-presidente, ele chegou a dizer que a acusação é uma “narrativa espalhada e sem provas”. Após a quebra do sigilo da investigação, que teve mais de 800 páginas, e a revelação das provas colhidas pela PF, ele não comentou mais o caso. Nunes, por sua vez, foi reeleito para o cargo com tímido apoio de Bolsonaro. Apesar de serem aliados, o prefeito se ressentiu da falta de engajamento do líder do PL em sua campanha. Durante o evento, Nunes e Tarcísio não comentaram a tentativa de golpe e apenas falaram sobre as obras financiadas.
O governador destacou a importância das obras e disse esperar novas parcerias com o BNDES no futuro. Nunes destacou a compra de ônibus elétricos para a cidade, os benefícios trazidos ao meio ambiente e a economia aos cofres públicos em comparação aos modelos movidos a diesel.
As obras financiadas pelo aporte fazem parte do Programa de Aceleração do Novo Crescimento (PAC). Incluem a compra de 44 trens para o metrô e a ampliação da Linha 2 Verde; a conclusão do Rodoanel Mário Covas, ligando as 12 rodovias que passam pelo entorno de São Paulo; a compra de 1.300 ônibus elétricos; e a criação de um trem entre a capital e Campinas.
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