O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta sexta-feira (12/6), representação do Ministério Público de Contas do Distrito Federal (MPC-DF) contra uma alteração de R$ 10 milhões do deputado federal Alberto Fraga (PL-DF) para um hospital no DF. Segundo o MPC-DF, há possíveis irregularidades na aplicação dos recursos.
A alteração destinou-se ao projeto A Tenda+, que disponibiliza cuidados de saúde móveis. O MPC-DF afirma que o plano de trabalho foi aprovado antes mesmo de serem apresentadas questões técnicas e custos.
“Antes mesmo de todas as questões técnicas e de custos serem esclarecidas, o plano de trabalho foi aprovado em 21/08/2024 e 22/08/2024. Nova homologação ocorreu em 22/10/2024”, destacou.
“Além disso, já foi aprovada outra alteração no valor de mais de R$ 6 milhões para a mesma ação orçamentária e entidade, sendo apenas o projeto designado pelo parlamentar”, acrescentou o MPC.
Para o Ministério Público de Contas, o projeto desrespeita os princípios “da eficiência, da impessoalidade, da economicidade e da legitimidade da despesa pública”.
“É evidente que o plano de trabalho foi aprovado sem que os problemas técnicos apresentados tenham sido resolvidos, razão pela qual não cumpre, em nenhum aspecto, os princípios da eficiência, da economia e da legitimidade da despesa pública”, concluiu.
Na decisão, Flávio Dino destacou que pode haver “indícios de crimes” nos fatos relatados. A juíza solicitou ainda que a informação seja enviada à ministra da Saúde, Nísia Trindade, “para proceder administrativamente como entender conveniente”.
A representação pela suspensão dos pagamentos também foi protocolada no Tribunal de Contas do Distrito Federal (TC-DF).
Para o CorrespondênciaO deputado Alberto Fraga disse que o projeto foi elaborado em conjunto com a Secretaria de Saúde do DF e as autoridades competentes.
“Para mim foi uma surpresa. Acabei de apresentar a alteração. A alteração foi discutida com a Secretaria de Saúde do DF e demorou para ser aprovada. Na única reunião que participei, estavam presentes o Ministério Público e todos os órgãos competentes. Até o momento tenho certeza que o projeto está caminhando bem, sem problemas, mas se o Ministério Público achar que tem que investigar, não tenho nenhum tipo de problema que possa ser apresentado em relação a isso”, afirmou.
O parlamentar destacou que foram 3,5 mil consultas e procedimentos por meio do projeto. Ele reiterou confiança na emenda. “Vamos esperar. Pela cautela que a Secretaria de Saúde tomou, tenho certeza que não houve irregularidade”, ressaltou.
Na segunda-feira, em decisão monocrática, o ministro Flávio Dino liberou o pagamento das emendas parlamentares conhecidas como RP9 (emenda do relator) e RP8 (emendas da comissão) e emendas do Pix, desde que regras constitucionais relativas à transparência, rastreabilidade e ao controle público. A decisão foi confirmada por unanimidade pelo Tribunal.
Dino estabeleceu novos critérios para liberação de alterações, como a indicação do autor e beneficiário final dos recursos no Portal da Transparência, além da separação entre o relator do Orçamento e o autor das alterações.
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