O general Walter Braga Netto esteve envolvido em dois grupos de ações para desestabilizar a ordem institucional, segundo o inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro foi responsável por “Incitar militares à adesão ao golpe de Estado” e o segundo, o “Núcleo de oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos”. O militar foi um dos 37 indiciados pela PF, cuja representação está sendo analisada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
No total, eram seis núcleos. O “Núcleo responsável pela incitação de militares à adesão ao golpe de Estado” teria a seguinte forma de atuação, segundo a PF: “Eleição de alvos para amplificar ataques pessoais contra militares em cargos de comando que resistiram aos golpistas investigados. Os ataques foram realizados a partir da divulgação em múltiplos canais e através de influenciadores em posições de autoridade perante a ‘audiência’ militar”.
Faziam parte desse grupo, além de Braga Netto, o influenciador Paulo Figueiredo (neto do último presidente da ditadura, general João Baptista Figueiredo), Aílton Gonçalves (ex-major do Exército, expulso da força em 2006 após sete prisões por indisciplina), Bernardo Romão Correa Neto (coronel do Exército preso) e Mauro Cid (ex-assessor e denunciante de Jair Bolsonaro).
A atribuição do “Núcleo de altas patentes com influência e apoio aos demais núcleos” era esta, segundo a representação da PF: “Utilizando-se da alta patente militar que detinham, atuaram para influenciar e incitar o apoio aos demais núcleos de atuação”. através do endosso de ações e medidas a serem adotadas para consumar o golpe de Estado”. Além de Braga Netto, integravam esse grupo o então comandante da Marinha Almir Garnier, o general Mario Fernandes (preso e responsável pela organização dos integrantes das Forças Especiais para a operação golpista), Estevam Theophilo (general e comandante do Comando de Operações Terrestres do Exército/Coter), Laércio Vergílio (coronel do Exército que, em mensagem, tentou bloquear o comandante do Exército, Freire Gomes) e Paulo Sérgio Nogueira (general e então ministro da Defesa).
Liderando esses grupos, Braga Netto iniciou uma campanha de desestabilização. Um dos principais alvos foi o general Freire Gomes, que se recusou a aderir à aventura golpista e foi perseguido por causa disso. O ex-ministro de Bolsonaro foi implacável com a recusa do comandante do Exército em embarcar na trama —foi chamado de “merda” em conversa com Aílton Gonçalves.
“Meu amigo, infelizmente devo dizer que a culpa do que está acontecendo e vai acontecer é do General Freire Gomes. A omissão e a indecisão não são responsabilidade de um combatente”, diz o texto encaminhado por Braga Netto a Aílton, supostamente repassado por um amigo “FE” (Forças Especiais) do general preso ontem pela PF. E conclui: “Ofereça-lhe a cabeça. Merda.”
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