O Congresso tem até sexta-feira para aprovar todas as pendências econômicas, essenciais para controlar a inflação e reduzir os juros: a reforma tributária, o Orçamento da União para 2025 e o ajuste fiscal deste ano, do qual o governo depende para cumprir o quadro fiscal. Nesta segunda-feira, após visita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez um apelo para que as propostas “não fiquem desidratadas”.
Essas questões estão sendo consideradas adiadas porque os parlamentares, principalmente os deputados, atrasaram as votações para pressionar o governo a executar as emendas parlamentares que haviam sido suspensas pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). As novas regras para garantir a rastreabilidade das emendas, ou seja, transparência sobre sua autoria e destinação, conforme determina a Constituição, irritaram os parlamentares.
Coincidentemente, a Polícia Federal vem realizando diversas prisões e operações de busca e apreensão contra gestores públicos e empresários envolvidos no desvio de recursos dessas emendas. Estas investigações estão sob sigilo judicial porque há mais de uma dezena de parlamentares envolvidos.
Juntando uma coisa, o que os deputados querem é uma espécie de “quem comeu, comeu; quem não comeu, não come mais”. Ou seja, querem evitar que as novas regras tenham efeito retroativo. O problema é que esse tipo de improbidade, que envolve recursos federais, já estava sob a lupa do Tribunal de Contas da União (TCU), órgão do Legislativo, e da Controladoria-Geral da União (CGU), esta, do Executivo. , antes mesmo de as alterações serem suspensas pelo Supremo.
Para destravar a agenda do Congresso, o governo pagou R$ 7,1 bilhões em emendas parlamentares, na quinta e na sexta da semana passada. As negociações ocorreram durante o período em que o presidente Lula esteve internado em São Paulo, devido a uma cirurgia intracraniana; Ele recebeu alta no domingo, mas segue em observação em São Paulo.
Foram consideradas emendas individuais (indicadas pelos deputados e senadores no Orçamento para seus redutos eleitorais) e emendas de bancada (que incluem o grupo de parlamentares de cada estado). Por serem obrigatórios, o governo é obrigado a liberar esses recursos conforme recomendação dos congressistas.
O governo também liberou mais R$ 1,3 bilhão em recursos do Ministério da Saúde para hospitais e clínicas especializadas. Com essas transferências, o Executivo espera votar o pacote fiscal, com medidas que reduzam os aumentos reais do salário mínimo, alterem as regras de acesso ao Bolsa Família e ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e ativem gatilhos no quadro fiscal para conter despesas.
Mais transparência
A proposta de emenda à Constituição (PEC) altera o abono salarial, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e a norma que obriga o governo a executar o Orçamento aprovado pelo Congresso. A PEC disparou e deve durar até 2025.
O governo precisa aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que autoriza a gastar cada centavo do caixa da União, e a Lei Orçamentária Anual (LOA), que determina para onde vai o dinheiro. Nesta terça-feira, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) deve apreciar a LDO.
O risco de o Orçamento da União não ser aprovado esta semana decorre da infinidade de emendas do Pix, que substituiu o chamado orçamento secreto. São R$ 3,2 bilhões em repasses a estados e municípios para utilização gratuita dos gestores locais, sem projetos específicos e de difícil monitoramento.
O Supremo exigiu que haja transparência a partir de agora, mas abriu exceção para pagamentos em 2024. Na prática, a sociedade não sabe exatamente o que será feito com os recursos. Acontece que os autarcas terão até 31 de dezembro para apresentar projetos de implementação destas alterações, que serão analisados pelo governo até fevereiro.
R$ 8 milhões em emendas da comissão, herdadas do orçamento secreto, ainda não foram pagos este ano. Essas emendas são controladas pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), no Senado. Como são desconhecidos os autores das alterações, a decisão da Dino condicionou estes pagamentos à identificação dos responsáveis.
A sessão conjunta do Congresso para analisar as propostas orçamentárias foi marcada para quinta-feira, pelo presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG); outra sessão poderá ser realizada na sexta-feira. Na Câmara, as prioridades são a aprovação da reforma tributária, que voltou à Câmara após as mudanças feitas no Senado, e a proposta de ajuste fiscal. O governo pretende economizar R$ 375 bilhões até 2030 e evitar o descontrole das contas públicas.
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