Deputados da Comissão de Segurança Pública consideraram o projeto de lei que altera regras de aposentadoria de militares como “revanchismo” do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o deputado Alberto Fraga (PL-DF)presidente da comissão, a apresentação do texto “quando as luzes se apagam” é um “erro” e o tema precisa ser discutido com atenção. O texto foi enviado pelo governo à Câmara ontem (17/12).
“Um policial do Rio de Janeiro, que morre mais de um por dia, tem que trabalhar 35, 40 anos? Esse tipo de coisa não faz sentido. Então, essas comparações significam que vamos mostrar que não existe ninguém melhor ou pior. Não aceitamos ser tratados com vingança. E me parece uma espécie de revanchismo do governo Lula para atingir os militares”, disse Fraga. Correspondência.
Ele e outros deputados representantes de militares (federais e estaduais) se reuniram nesta terça-feira com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para discutir o tema. Ouviram dele que o assunto, apesar de fazer parte do pacote de corte de gastos do governo, não deveria ser votado este ano. O governo já tinha isso em mente, por isso enviou primeiro os outros três projetos.
O deputado Fraga ressaltou que não é contra discutir regras de aposentadoria e previdência militar, mas entende que é preciso haver tempo para discussão. Questionado sobre a atuação do ministro da Defesa, José Múcio, que assinou o projeto junto com o ministro Fernando Haddad (Finanças), o deputado disse que Múcio “sempre conversa”.
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Múcio foi escolhido por Lula no final de 2022 para atuar no meio-campo dos militares enquanto o sentimento no quartel ainda estava em alta entre as eleições daquele ano e a posse presidencial. Foi justamente nessa época que, segundo a Polícia Federal, os militares planejaram um golpe de Estado para impedir que o petista assumisse a Presidência.
“O Múcio sempre fala. A gente entende até que queremos discutir a regra da aposentadoria e que um cara que hoje tem 50 anos não tem mais 50 anos. Concordo. Mas então, vamos estabelecer uma regra para quem está entrando. Agora, onde está o direito adquirido?” ele perguntou.
“Se estou na corporação há 25 anos, por que tenho que ser penalizado? Se for esse o caso, [podemos] ceda um pouco. Mas nunca aceite esse jugo que o governo quer colocar nos militares”, concluiu.
O que diz o projeto
O conta (PL) 4.920 2024 estabelece que os militares devem ter no mínimo 55 anos para se aposentar. Hoje, não existe idade mínima e é possível se aposentar com salário integral caso o militar já tenha cumprido 35 anos de serviço. No modelo atual, se um militar ingressou nas Forças Armadas aos 18 anos, por exemplo, pode se aposentar aos 53.
O texto prevê ainda um período de transição para a nova idade mínima, que entraria em vigor a partir de 1º de janeiro de 2032. Os militares que já completam 55 anos, mas não cumprem serviço há pelo menos 35 anos, terão que cumprir uma exigência extra. período de 9% do tempo ativo restante.
O projeto estabelece ainda, entre outras coisas, o fim do pagamento de pensões a familiares de militares expulsos das Forças Armadas e o fim das transferências de pensões a dependentes.
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