O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve responder hoje ao encaminhamento feito nesta sexta pela Câmara dos Deputados aos questionamentos que o levaram a manter suspensa a liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares —de acordo com a decisão tirada em 23 de dezembro. O juiz exigiu respostas “objetivas” às lacunas que percebeu na declaração anterior do Legislativo.
Na manifestação, a Câmara cita a Lei Complementar 210/24, que regulamenta a liberação de emendas para destacar que nada foi feito sem a transparência exigida por Dino, nem atropelar o processo legislativo —e, sobretudo, de acordo com o orientação do governo federal. Argumenta também que, como a lei só foi promulgada em 25 de Novembro, isso apoiou o endosso obrigatório pelas comissões.
“(O Congresso) limitou-se a cumprir as orientações técnicas dos Ministérios da Fazenda, do Planejamento e Orçamento, da Gestão e Inovação, da Secretaria de Relações Institucionais e da Casa Civil da Presidência da República, bem como da Procuradoria-Geral da República. da União, sobre a forma como as indicações deverão ser encaminhadas de acordo com as decisões desses autos e com a Lei Complementar 210/2024”, destaca a resposta enviada ao ministro.
Lei complementar
Porém, na decisão que tomou exigindo maiores explicações, Dino observa que a direção da Câmara e os líderes partidários não têm a premissa de solicitar ao Palácio do Planalto o envio de emendas à comissão sem aprovação dos grupos temáticos —como foi feito. E ali ele refutou a alegação de que a Lei Complementar 210 seria suficiente para sustentar o processo, tanto que o ministro diz que o pedido que encaminha os R$ 4,2 bilhões em alterações é posterior à norma legal.
“Lembro que a carta dos dirigentes é datada de 12/12/2024, enquanto a referida lei entrou em vigor em 25/11/2024”, confronta Dino.
Na segunda resposta da Câmara ao ministro em menos de 24 horas, não há avanço em relação ao que Dino exige para a liberação de R$ 4,2 bilhões. Às três questões fundamentais – Quem aprovou (a alteração)? Foi formulado por quem? Base do rito e legitimidade? —, as lacunas permanecem no documento elaborado pela Procuradoria da Câmara.
“O único objetivo da decisão foi dar preferência à avaliação de temas considerados prioritários para o país, como a reforma tributária e o pacote de corte de gastos. Portanto, não podemos falar em ato ilegal ou abusivo. habitual nesta Casa, quando há necessidade de apreciação pelo Plenário de assuntos urgentes e relevantes para o país”, afirma a Advocacia da Câmara no novo encaminhamento a Dino.
Segundo a Câmara, nos anos anteriores as alterações da comissão sempre foram aprovadas por painéis temáticos. Por terem alto valor e abranger ações amplas e não exatamente específicas, os recursos a eles destinados são liberados ao longo do exercício seguinte e conforme indicação dos comitês.
Mal-estar
A nova exigência do ministro aconteceu um dia após a reunião entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Arthur Lira (PP-AL) —que não escondeu a irritação com a decisão de Dino e fez questão de expressar que a atuação do ministro não facilita as coisas para o governo dentro do Legislativo. Por sua vez, Lula tentou, mais uma vez, chegar a um acordo com o presidente da Câmara, afirmando que ele poderia colocar na conta do Palácio do Planalto o formato de como os recursos seriam liberados.
A advertência de Lira a Lula serviu também para antecipar três movimentos: o primeiro, de que os deputados trabalhem com a eventualidade de Dino não aceitar os argumentos apresentados, mais uma vez, pela Advocacia da Câmara; a segunda, que o magistrado pode ficar parcialmente satisfeito, mas não o suficiente para liberar os R$ 4,2 bilhões e continuar cobrando mais esclarecimentos; e a terceira, que em caso de rejeição total ou completa dos argumentos de Dino, o novo recurso a ser encaminhado será em nome do Congresso.
“Esta Câmara reitera que não apresentará recurso à luz da decisão do eminente relator, pois tal recurso caberia ao Congresso Nacional [composto por Câmara e Senado] e a Procuradoria-Geral da União e não a Câmara dos Deputados”, destaca.
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