O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, ontem, a visita ao tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, preso no Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília. Isso porque, no dia 28 de dezembro, a irmã do militar, Dhebora Bezerra de Azevedo, foi flagrada tentando contrabandear aparelhos eletrônicos dentro de um panetone para ser entregue a ele.
Azevedo é um dos “meninos negros” (tropas especiais do Exército) investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na tentativa de golpe de Estado que seria deflagrada em 2022, logo após as eleições e cujo resultado seria a manutenção de Jair Bolsonaro à frente da Presidência da República. A trama previa, inclusive, manobras violentas, que poderiam levar ao assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin —vencedores do pleito— e de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Dhebora foi flagrada tentando passar um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória e só não conseguiu porque o detector de metais apitou. Ela até tentou se explicar dizendo que só tinha um fone de ouvido, mas o scanner mostrou que havia outros dois componentes eletrônicos.
“Após a abertura da caixa do panetone para fins de verificação, constatou-se que dentro dela havia um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória. O referido material foi apreendido e está sob custódia no PIC [Pelotão de Investigações Criminais]”, destaca a carta assinada pelo comandante militar do Planalto, general Ricardo Carmona. O documento acrescenta que o Comando do Planalto suspendeu o direito de visita de Dhebora, antes mesmo da decisão do ministro do STF. Por conta do ato, ela assinou o termo de apreensão do material.
Golpe de estado
O tenente-coronel está preso desde 19 de novembro, quando foi um dos alvos da Operação Contragolpe, da Polícia Federal (PF). Azevedo foi detido no 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro. Mas, no dia 2 de dezembro, Moraes autorizou sua transferência para Brasília.
Segundo a PF, o tenente-coronel utilizou um dos celulares apreendidos que seria utilizado na tentativa de golpe para favorecer Bolsonaro. Segundo os investigadores, ele foi um dos militares que trocaram conversas pelo aplicativo usando codinomes do Plano Copa 2022 —manobra pela qual o ministro Moraes seria sequestrado, mas que por algum motivo ainda não esclarecido acabou suspensa .
Na operação em que Azevedo foi preso, foram detidos o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rafael Martins de Oliveira e o brigadeiro-general Mario Fernandes —ex-secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo Bolsonaro.
Azevedo serviu no Comando de Operações Especiais do Exército, em Goiânia. A PF indiciou 40 pessoas na investigação sobre tentativa de promoção de quartel pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa na investigação da PF. (Colaboração de Júlia Portela)
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