A posse dos prefeitos das capitais de todo o país, esta quarta-feira, abriu caminho para as eleições gerais de 2026. No ano que vem, os brasileiros irão às urnas para escolher deputados estaduais, distritais e federais, governadores e o presidente da República. Vários dos principais executivos dessas cidades já começam a adaptar seus discursos para que sua projeção ultrapasse as esferas municipais e estaduais e atinja o nível nacional. Em São Paulo (SP), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tomou posse para seu segundo mandato, na Câmara Municipal, e enviou mensagens.
“Podem contar comigo para tudo que envolve diálogo, solução e resolução de impasses. O Brasil precisa estar em paz consigo mesmo. reina o confronto”, sublinhou no seu discurso. “São Paulo e o Brasil podem contar comigo como agente de moderação e de diálogo leal e democrático. São Paulo e o Brasil precisam de resultados, porque o povo quer progresso e não solavancos”, acrescentou.
Nunes destacou, ao falar sobre a gestão paulista, que a humildade deve nortear os passos de quem está no poder e que nenhuma divergência pode ser maior que o bem da cidade. “A ideologia nunca poderá ser mais importante que o dia a dia. E, da minha parte, procurarei sempre dialogar e abrir canais de colaboração com todos”, afirmou.
Vários parlamentares federais estiveram presentes na cerimônia de posse. Do palanque, Nunes cumprimentou o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP); a presidente do Podemos, deputada Renata Abreu (SP); e as deputadas Erika Hilton (PSol-SP) e Bia Kicis (PL-DF). Ele também agradeceu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo apoio à sua candidatura.
Nunes venceu o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) — que contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — com quase 20 pontos de diferença no segundo turno. Ele também fez menção ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem chamou de “grande amigo” e “grande governador”.
No Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) também tomou posse e fez um discurso que abordou questões não só da capital, mas de todo o estado. Ao pegar o microfone, ele iniciou seu discurso comemorando seu quarto mandato como chefe da cidade: “São quatro”, disse, arrancando risadas dos presentes. Paes, apoiado por Lula, afirmou que sua vitória foi fruto de uma frente ampla que colocou os cidadãos “acima de qualquer disputa ideológica”.
“Os cidadãos já não querem pagar o preço de uma pequena disputa política. (…) Precisamos de unidade e de produção de consenso”, apontou. Disse ainda que herdou a prefeitura em “total desordem fiscal e administrativa”, mas que sua gestão “pôs a casa em ordem”.
Na esfera municipal, anunciou a criação de um grupo de trabalho para a criação da Força Municipal de Segurança da Cidade do Rio de Janeiro. Segundo Paes, será uma força armada que atuará de forma complementar à polícia.
O prefeito também pediu aos moradores do Rio que relatem irregularidades e tenham confiança nas instituições. “Não iremos decepcioná-los e muito menos deixar de assumir nossas responsabilidades. É através do exemplo que conduziremos as novas gerações a um futuro melhor para o Rio de Janeiro e para o Brasil”, afirmou.
“Tudo isso nada mais é do que uma obrigação nossa. Se você me perguntar por quê, é porque não viemos para ser servidos, mas para servir. dignidade e poder encontrar a felicidade”, concluiu.
Goiânia
Se alguns prefeitos empossados já têm como meta 2026, há aqueles que precisam concentrar seus esforços no presente. Em Goiânia (GO), o empresário Sandro Mabel (União Brasil) assumiu a prefeitura, mas sua permanência no cargo ainda é duvidosa.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás determinou, após as eleições, a cassação da chapa de Mabel e sua inelegibilidade por oito anos. A Justiça Eleitoral entendeu que houve abuso de poder por parte do governador do estado, Ronaldo Caiado (União Brasil), que também foi declarado inelegível.
A posse dos eleitos esta quarta-feira não foi realizada no plenário da Câmara Municipal. Completo com show de luzes e música ambiente, aconteceu no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, da Universidade Federal de Goiás.
Em seu discurso, Mabel, que declarou bens no valor de R$ 313,4 milhões à Justiça Eleitoral, disse que não tem mais expectativa de disputar eleições, mas atendeu a um chamado do governador Ronaldo Caiado. O empresário já concorreu à prefeitura de Goiânia e perdeu. Foi também deputado estadual e federal.
“Vamos ter uma cidade muito difícil, uma cidade cheia de problemas. E vou, claro, precisar da compreensão e da ajuda de toda a população”, destacou. “Adotaremos inicialmente medidas duras, muito duras, mas necessárias para conter despesas, reorganizar a administração e dar uma nova visão para a administração”.
Mabel também citou uma série de problemas na cidade e disse esperar que suas secretárias trabalhem 12 horas por dia. “Acordo cedo e durmo tarde”, sustentou o autarca, que também exigiu a participação dos vereadores nos trabalhos de limpeza da cidade, que enfrenta uma crise na recolha de lixo. A partir deste ano, os moradores da cidade pagarão entre R$ 258 e R$ 1.600 como contribuição para o serviço de limpeza urbana. A Taxa de Limpeza Pública foi articulada por Mabel na Câmara Municipal antes de tomar posse.
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