Desde ontem, o Brasil assumiu a presidência rotativa do Brics em meio à expansão do bloco, que, este ano, terá pelo menos nove novos membros. Embora as agendas da administração brasileira sejam, sobretudo, a reforma da governança dos organismos internacionais e o desenvolvimento sustentável com inclusão social, o principal desafio reside na convivência com o futuro governo de Donald Trump, cuja presidência promete enfrentar o multilateralismo, além às ameaças de retaliação comercial contra pelo menos dois membros do bloco – China e Brasil.
Com o lema “Fortalecendo a Cooperação no Sul Global para uma Governança Mais Inclusiva e Sustentável”, o governo brasileiro tem, entre os desafios, o de articular a participação dos novos membros. A continuidade da construção do sistema de pagamentos utilizando moedas locais no comércio entre países, em substituição ao dólar, também está no radar.
Este ano, nove países aderiram aos Brics: Cuba, Bolívia, Indonésia, Bielorrússia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão foram confirmados pela Rússia – que ocupou a presidência dos Brics em 2024 – como novos membros. A chegada do Brasil à presidência rotativa torna ainda mais difícil incluir a Venezuela, como pretendia Moscovo. No ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a entrada do país vizinho e, em reação, sofreu uma série de ataques verbais do ditador Nicolás Maduro.
Acompanhe o canal Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
Treze países foram convidados a participar do BRICS. Nigéria, Turquia, Argélia e Indonésia também deverão confirmar o convite. O Ministério das Relações Exteriores (MRE), porém, não confirmou em que categoria os nove países deveriam integrar o grupo —se como parceiros ou como membros plenos. Ao contrário dos membros efetivos, os parceiros podem participar das reuniões, mas não têm poder de voto ou veto, uma vez que as decisões do BRICS são tomadas por consenso.
Em 2024, o bloco já havia recebido cinco novos membros efetivos, atingindo 10 países. Até então formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, no ano passado os Brics incluíam o Irão, os Emirados Árabes Unidos, o Egipto, a Etiópia e a Arábia Saudita. A Arábia Saudita, apesar de não ter assinado adesão ao grupo, participou de todas as reuniões.
A iniciativa de substituir o dólar por moedas locais levou Trump a ameaçar as nações que abandonassem a moeda norte-americana, aumentando os impostos sobre os produtos provenientes desses países. Para o professor de direito internacional Paulo Borba Casella, do Grupo de Estudos do Brics (Gebrics) da Universidade de São Paulo (USP), o presidente eleito dos Estados Unidos não tem condições de impor tarifas a todos os países do Brics sem prejudicar o próprio país. economia.
O bloco representa mais de 40% da população global e 37% do PIB mundial em poder de compra, superando o peso económico do G7, que une os países mais industrializados do mundo.
imagem de empréstimo
como conseguir crédito no picpay
picpay instalar
cred rápido
banco noverde
noverde whatsapp
siape consignação
bk bank telefone
apk picpay
consignado inss bancos
px significado